São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 2011 |
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Feira atesta alta de preços da fotografia SP-Arte/Foto abre hoje ao público com obras de novatos e consagrados valendo até mais que pintura e escultura Quinta edição destaca obras de Candida Höfer, Robert Polidori, Marina Abramovic, Frank Thiel e Geraldo de Barros
SILAS MARTÍ DE SÃO PAULO Voltando o foco para alguns jovens artistas e ao mesmo tempo turbinando valores com obras de consagrados, a quinta edição da SP-Arte/Foto, que começa hoje, atesta que logo o mercado não vai precisar de uma feira só de fotografia como essa. Isso porque o suporte antes visto como ponto de partida para coleções já atinge status de obra plena, chegando a valer às vezes até mais que pintura e escultura. Enquanto o número de galerias saltou de 15 para 25, com a entrada de estreantes como Fauna, Transversal e Central, casas mais tradicionais, como Leme e Luciana Brito, carregam nas grifes, levando alguns nomes como Robert Polidori, Marina Abramovic, Geraldo de Barros, Frank Thiel e Candida Höfer. Essa última, fotógrafa alemã da mesma escola de Andreas Gursky e Thomas Struth, que está na Leme, é, aliás, uma das responsáveis pela alta de preços na feira, que vão de R$ 2.000 a R$ 150 mil. "Vejo os preços subindo de forma progressiva e sustentada", diz Deborah Bell, do departamento de fotografia da Christie's, em Nova York, que veio para a feira. "Muitos colecionadores também preferem a obra de contemporâneos à de velhos mestres." No caso, continua valendo a potência seca, ultradescritiva das imagens de Höfer ou mesmo o olhar aguçado lançado aos escombros de desastres naturais por Polidori. Num meio também conhecido pela facilidade de reprodução, fotógrafos tentam tornar únicos os exemplares interferindo na superfície da imagem, ressaltando aspectos físicos da impressão. "Muitos artistas vêm dobrando, destruindo ou pintando sobre fotografias", observa Karen Irvine, curadora do Museu de Fotografia Contemporânea de Chicago, convidada da feira. "Também misturam fatos com ficção." Tanto que imagens manipuladas já não espantam. Estão nas paredes das galerias com a mesma força do registro de pegada documental. "Temos um entendimento melhor de fotografias que são testemunhos e ao mesmo tempo ilusórias", diz Irvine. "Isso libertou o meio." SP-ARTE/FOTO QUANDO hoje e amanhã, 16h às 20h; sáb. e dom., 14h às 20h ONDE shopping Iguatemi (av. Brig. Faria Lima, 2.232 - 9º andar; tel. 3048-7305) QUANTO grátis Próximo Texto: Bruno Veiga fotografa vestígios humanos com filmes vencidos Índice | Comunicar Erros |
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