São Paulo, sábado, 16 de maio de 2009

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Arnaldo Antunes leva parceiros e filhos ao palco

Temporada de "Pequeno Cidadão" vai até 7 de junho

Divulgação
A trupe de "Pequeno Cidadão', que reúne 18 pessoas e lança disco infantil

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma lagartixa gigante passeia pela plateia, enquanto a música manda largar o bicho porque ele "é do bem" e "chupa o pernilongo que chupa a gente também". Em outro momento, um uirapuru se enche de vento para voar pelo teatro, embalado por um sambinha de Edgard Scandurra. Mas as crianças gostam mesmo é de subir ao palco para dançar "A Bonequinha do Papai", que tem ritmo de matinê na discoteca -e até uma imitação de estrobo.
Assim é o clima do show de lançamento de "Pequeno Cidadão", disco que reuniu Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Taciana Barros e Antonio Pinto. E, em vez de mandar os filhos esperarem em casa, botaram as crianças no palco, para cantar e tocar com eles.
Tudo é muito natural, já que eles se conhecem há mais de 20 anos, colocaram os garotos para estudar na mesma escola e até estes se tornaram amigos.
Após passagem pelo Sesc Pompeia, o espetáculo cumpre temporada aos domingos no teatro Anhembi Morumbi, na Mooca, até o dia 7 de junho. São os únicos shows previstos por enquanto, porque reunir toda essa galera é difícil.
No palco são ao todo 18 pessoas, entre os músicos, os filhos, os instrumentistas e artistas de circo, que fazem malabarismos durante as músicas, além de animações espalhadas por telões, que ajudam a dar um tom meio lisérgico ao show.
"Algumas músicas entram num conceito meio pinkfloydiano, de viajante e tal. A psicodelia, no sentido de ser polissensorial, é algo natural da infância", afirma Antunes.

Como tudo começou
O convite para fazer o disco foi de Taciana Barros. Eles reuniram músicas que já tinham, "afinal todo mundo faz musiquinhas para o filho", conta ela, que canta "Meu Anjinho" com a filha, Luzia, e chora no show.
"Tivemos de desenvolver algumas letras e arrumar os arranjos. Mas fizemos um único ensaio e já fomos para o estúdio."
O processo foi colaborativo. Taciana começou a canção sobre a chupeta, depois Antunes "pirou na letra", como ela diz, jogando a chupeta no mar e dando para a baleia. "São letras espontâneas, de momentos que passamos com nossos filhos."
As músicas têm a agilidade e a graça do pensamento das crianças. Por exemplo, na música "O Sol e a Lua", em que a Lua vê o Sol como "uma bola quente que nem toma banho".
Inteligente e sem tatibitate.


PEQUENO CIDADÃO
Quando:
amanhã, 31/5 e 7/6, às 15h
Onde: Anhembi Morumbi (r. Dr. Almeida Lima, 1.134, tel. 2081-5924)
Quanto: de R$ 20 a R$ 40
Classificação: livre



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