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Nova loja amplia as opções de pâtisseries
Aberta na última terça, casa serve clássicos franceses e criações da chef Mara Mello
Com doces feitos de modo artesanal e requinte visual, pâtisseries, como Douce France, se firmam nos bairros nobres de São Paulo
JANAINA FIDALGO
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma loja pequena, elegante e
especializada na comercialização de artigos finos. Vista por
este prisma, vem a calhar o termo "butique" usado por Mara
Mello para definir a casa inaugurada por ela na última terça-feira em São Paulo. Os artigos
finos, no caso, são os impecáveis doces assinados pela chef.
Pequenina, a pâtisserie fica
no Jardim Paulistano, em meio
às lojas de decoração da rua Gabriel Monteiro da Silva, e tem
uma vitrine repleta de guloseimas que vão dos clássicos franceses (éclairs, petit-fours, madeleines, macarons) aos "doces
de autor", como o chocólatra.
Muitos deles são ornamentados, como se fossem jóias, com
folha (ou pó) de ouro e pequenos cristais -ambos comestíveis. Outros têm pétala de rosa.
Se os doces chamam a atenção,
os preços também -variam de
R$ 5,50 a R$ 8,50, o que pode
pesar para quem quiser experimentar vários deles. Para
acompanhá-los, um café ou um
requintado champanhe, vinho
do Porto ou de sobremesa.
Desde que fechou o Café Pâtisserie, em 2003, e ficou atendendo apenas encomendas, a
chef pâtissier sentia falta da interação com os clientes e de um
espaço apropriado para expor
seus novos produtos.
"Quando abri o café na Vila
Nova Conceição [em 1998], o
conceito de pâtisserie estava
começando no Brasil", diz Mara. "Isso vem melhorando e
crescendo a cada dia. A partir
do momento em que há mais
concorrentes, o mercado aumenta também, vão surgindo
cada vez mais clientes."
Sorbets
De fato, a oferta de pâtisseries que servem produtos de
qualidade e com boa variedade
vem, lentamente, melhorando
em São Paulo (veja algumas opções no quadro à esquerda).
Um dos profissionais que contribuíram para esse desenvolvimento foi o francês Fabrice Lenud, que em 2001 abriu o incensado Douce France.
De lá para cá, o espaço cresceu, uma linha de sorbets, glaces e pães especiais foi incluída
recentemente no menu, e a demanda fez com que, em vez de
seis dias por semana, a casa
funcione de segunda a segunda.
E uma nova unidade foi aberta
no shopping Morumbi.
"Tentamos personalizar o
máximo possível o nosso trabalho. Não queremos ser uma rede com 30 lojas, e sim paparicar
o cliente", diz Lenud. "Esses
bolos cheios de marshmellow
que vendem por aí prejudicam
a saúde e desvalorizam o pâtissier que, pela tradição, é um artesão e tem de ser criativo."
Há dez anos no Brasil, o francês Marc Gonzalez, chef da La
Pâtisserie Café & Delícias, é outro protagonista dessa história.
"Quando cheguei, não tinha
quase nada. Hoje há uma evolução, estamos numa fase ascendente. A tendência é ter cada
vez mais lojas", diz Gonzalez.
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