São Paulo, domingo, 16 de setembro de 2007

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Nova loja amplia as opções de pâtisseries

Aberta na última terça, casa serve clássicos franceses e criações da chef Mara Mello

Com doces feitos de modo artesanal e requinte visual, pâtisseries, como Douce France, se firmam nos bairros nobres de São Paulo

JANAINA FIDALGO
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma loja pequena, elegante e especializada na comercialização de artigos finos. Vista por este prisma, vem a calhar o termo "butique" usado por Mara Mello para definir a casa inaugurada por ela na última terça-feira em São Paulo. Os artigos finos, no caso, são os impecáveis doces assinados pela chef.
Pequenina, a pâtisserie fica no Jardim Paulistano, em meio às lojas de decoração da rua Gabriel Monteiro da Silva, e tem uma vitrine repleta de guloseimas que vão dos clássicos franceses (éclairs, petit-fours, madeleines, macarons) aos "doces de autor", como o chocólatra.
Muitos deles são ornamentados, como se fossem jóias, com folha (ou pó) de ouro e pequenos cristais -ambos comestíveis. Outros têm pétala de rosa. Se os doces chamam a atenção, os preços também -variam de R$ 5,50 a R$ 8,50, o que pode pesar para quem quiser experimentar vários deles. Para acompanhá-los, um café ou um requintado champanhe, vinho do Porto ou de sobremesa.
Desde que fechou o Café Pâtisserie, em 2003, e ficou atendendo apenas encomendas, a chef pâtissier sentia falta da interação com os clientes e de um espaço apropriado para expor seus novos produtos.
"Quando abri o café na Vila Nova Conceição [em 1998], o conceito de pâtisserie estava começando no Brasil", diz Mara. "Isso vem melhorando e crescendo a cada dia. A partir do momento em que há mais concorrentes, o mercado aumenta também, vão surgindo cada vez mais clientes."

Sorbets
De fato, a oferta de pâtisseries que servem produtos de qualidade e com boa variedade vem, lentamente, melhorando em São Paulo (veja algumas opções no quadro à esquerda). Um dos profissionais que contribuíram para esse desenvolvimento foi o francês Fabrice Lenud, que em 2001 abriu o incensado Douce France.
De lá para cá, o espaço cresceu, uma linha de sorbets, glaces e pães especiais foi incluída recentemente no menu, e a demanda fez com que, em vez de seis dias por semana, a casa funcione de segunda a segunda. E uma nova unidade foi aberta no shopping Morumbi.
"Tentamos personalizar o máximo possível o nosso trabalho. Não queremos ser uma rede com 30 lojas, e sim paparicar o cliente", diz Lenud. "Esses bolos cheios de marshmellow que vendem por aí prejudicam a saúde e desvalorizam o pâtissier que, pela tradição, é um artesão e tem de ser criativo."
Há dez anos no Brasil, o francês Marc Gonzalez, chef da La Pâtisserie Café & Delícias, é outro protagonista dessa história.
"Quando cheguei, não tinha quase nada. Hoje há uma evolução, estamos numa fase ascendente. A tendência é ter cada vez mais lojas", diz Gonzalez.


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