São Paulo, quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
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Artista exagera padrões de azulejos em fotografias
Americana Kim Faler contesta lógica do minimalismo em reproduções manuais
SILAS MARTÍ DA REPORTAGEM LOCAL Trancada num apartamento, Kim Faler reconstruiu ambientes com azulejos de mentira. São padrões, estamparia naïf, que se alastram por teto, chão, paredes. Mergulham o espaço num turbilhão de traços. "Quis exagerar o excesso de padrões, azulejos", diz a artista norte-americana, que expõe suas fotografias agora em São Paulo. "Tentei usar o desenho para achatar o espaço." Seus traços feitos a mão, obedecendo os quadriláteros dos azulejos, engolem tudo que vem pela frente: um piano, formas soltas, uma espécie de ave. Lembra a obsessão do minimalista Sol LeWitt, que deixou instruções de desenhos replicáveis ao infinito. Da mesma forma, alguém fez no lugar dela o padrão que estampa a parede de trás da galeria, recoberta por retalhos brancos, como se fosse um papel de parede aplicado. Faler engana, disfarçando o manual com o véu da indústria. É a lógica retorcida que desfaz seu minimalismo de fachada e traduz para o contexto da gambiarra a rigidez americana. Outras paisagens estão numa coletiva na mesma galeria. Cao Guimarães e Carolina Cordeiro transformam o estádio do Mineirão em cordão de luzes flutuantes. Rafael Alonso cria lugares com fita adesiva -campos de cor que grudam na retina como os azulejos fajutos. KIM FALER Quando: abertura hoje, às 19h; ter. a sex., das 11h às 19h; sáb., das 11h às 17h; até 12/1 Onde: galeria Rhys Mendes (r. da Consolação, 3.368, tel. 2528-6331) Quanto: grátis Próximo Texto: Música: Kassin apresenta trabalho solo e inéditas em São Paulo Índice |
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