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CINEMA
Evento, que começa hoje no CCSP, reúne seis produções de 2001 e 2002
Alemães exploram mutação jovem
CHRISTIAN PETERMANN
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Começa hoje, no Centro Cultural São Paulo, a mostra "Cinema
Alemão Contemporâneo", com
seis dramas com personagens em
busca de um papel definido numa
sociedade em constante mutação.
Os títulos são da safra 2001/2,
sendo os mais ambiciosos "A Rocha" e "Berlim Fica na Alemanha". O primeiro, de Dominik
Graf, dividiu opiniões por seu registro digital. Graf elaborou imagens descritas como "borradas",
"cuspidas" ou de "ótica amadora". Outros enxergaram genialidade experimental nessa jornada
de autodescoberta de mulher na
casa dos 30 que, na Córsega, flerta
com um jovem de 17 anos.
Já "Berlim Fica na Alemanha",
de Hannes Stöhr, apresenta uma
premissa na linha de "Adeus, Lênin!": homem passa 11 anos na
prisão e, ao sair, encontra uma
Berlim reunificada. Com um realismo quase documental, mas de
emotividade empática, conquistou o prêmio de público durante o
Festival de Berlim de 2002.
Três títulos ocupam-se com jovens. O melhor é "Coração na Cabeça", do estreante Michael Gutmann, sobre jovem que vai morar
numa cidade distante onde se
apaixona por uma polonesa.
E se "Excursão Familiar", de
Henner Winckler, é o mais convencional dos selecionados, vale
conhecer "Crianças do Gueto", de
Christian Wagner: os imigrantes
Maikis e seu irmão mais novo
moram em Munique. Ele se junta
a uma gangue de adolescentes,
enquanto o irmão comete furtos
na estação central, onde transa
com homens por dinheiro.
A trágica realidade do imigrante
é explorada com maior contundência em "Anansi". No "road
movie", que vai de Gana a Berlim,
quatro refugiados clandestinos
buscam uma vida melhor.
CINEMA ALEMÃO CONTEMPORÂNEO.
Onde: CCSP (r. Vergueiro, 1.000, tel.
3277-3611). Quando: de hoje ao dia 23, a
partir das 16h. Quanto: entrada franca.
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