São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 2002

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Iole de Freitas mostra suas cores

ALEXANDRA MORAES
DA REDAÇÃO

Sem se desligar das formas imponentes nem da translucidez, a artista plástica Iole de Freitas legitima a inserção de um novo elemento em suas obras: a cor.
Com a exposição que inaugura hoje no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, Iole, 56, não perde o elo com aspectos característicos de sua produção, como a pesquisa das relações de translucidez, transparência e opacidade/reflexo, mas acrescenta, em placas de policarbonato, os tons violeta e púrpura, com um tratamento opaco, além do já recentemente experimentado vermelho, este com brilho e afeito a reflexos.
"Precisava ter uma situação que trabalhe com a luminosidade da própria cor, e não com essa idéia da luminosidade com que eu tenho trabalhado, que é a incidência da luz sobre o plano material", explica. "Cheguei a esses dois tons, um violeta e um púrpura, e trabalhei com a ausência total de brilho neles; o opaco permite a luminosidade da própria cor com muito mais força. Faço muito mais um elogio do plano do que da superfície", completa.
Iole tem outros dois trabalhos sendo mostrados em SP: uma instalação no Centro Universitário Maria Antonia e um de seus filmes realizados nos anos 70, em uma coletiva no Paço das Artes. Seus filmes, segundo ela própria, pertencem a um começo que a ajudou a deixar bem traçadas as bases de seu trabalho atual, ao lado de influências como "os neoplásticos todos, alguma coisa do Lissitsky e o Schwitters, com as suas colagens e seu Merzbau".


IOLE DE FREITAS - onde: Gabinete de Arte Raquel Arnaud (r. Artur de Azevedo, 401, Pinheiros, tel. 3083-6322). Quando: hoje, às 20h; de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 11h às 14h; até 16/10. Quanto: entrada franca.



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