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Iole de Freitas mostra suas cores
ALEXANDRA MORAES
DA REDAÇÃO
Sem se desligar das formas imponentes nem da translucidez, a
artista plástica Iole de Freitas legitima a inserção de um novo elemento em suas obras: a cor.
Com a exposição que inaugura
hoje no Gabinete de Arte Raquel
Arnaud, Iole, 56, não perde o elo
com aspectos característicos de
sua produção, como a pesquisa
das relações de translucidez,
transparência e opacidade/reflexo, mas acrescenta, em placas de
policarbonato, os tons violeta e
púrpura, com um tratamento
opaco, além do já recentemente
experimentado vermelho, este
com brilho e afeito a reflexos.
"Precisava ter uma situação que
trabalhe com a luminosidade da
própria cor, e não com essa idéia
da luminosidade com que eu tenho trabalhado, que é a incidência da luz sobre o plano material",
explica. "Cheguei a esses dois
tons, um violeta e um púrpura, e
trabalhei com a ausência total de
brilho neles; o opaco permite a luminosidade da própria cor com
muito mais força. Faço muito
mais um elogio do plano do que
da superfície", completa.
Iole tem outros dois trabalhos
sendo mostrados em SP: uma instalação no Centro Universitário
Maria Antonia e um de seus filmes realizados nos anos 70, em
uma coletiva no Paço das Artes.
Seus filmes, segundo ela própria,
pertencem a um começo que a
ajudou a deixar bem traçadas as
bases de seu trabalho atual, ao lado de influências como "os neoplásticos todos, alguma coisa do
Lissitsky e o Schwitters, com as
suas colagens e seu Merzbau".
IOLE DE FREITAS - onde: Gabinete de
Arte Raquel Arnaud (r. Artur de Azevedo,
401, Pinheiros, tel. 3083-6322). Quando:
hoje, às 20h; de seg. a sex., das 10h às
19h; sáb., das 11h às 14h; até 16/10.
Quanto: entrada franca.
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