Emma Thompson atua, roteiriza e produz longa

ANDRÉ BARCINSKI

CRÍTICO DA FOLHA

Depois que "Nanny McPhee - A Babá Encantada" (2005) foi um inesperado sucesso de bilheteria, estava na cara que uma sequência não demoraria muito. Acaba de estrear "Nanny McPhee e as Lições Mágicas", novo capítulo na história da babá mágica interpretada por Emma Thompson.
Mesmo sem o charme e surpresa do filme original, esta continuação deve agradar os fãs da personagem. O filme tem um humor leve e sem grandes novidades, mas traz um bonito visual retrô, um elenco de primeira e uma produção caprichada.
No filme, Nanny McPhee (Emma Thompson) surge numa pequena vila, nos anos 1940, para ajudar Isabel (a ótima Maggie Gyllenhaal) a cuidar dos filhos e da pequena fazenda na ausência do marido, que está na Guerra.
A família recebe a visita de dois primos ricaços e o clima entre as crianças torna-se péssimo. Para piorar, Isabel é atazanada pelo cunhado Phil (Rhys Ifans), que tenta convencê-la a vender a fazenda que ele, sem ela saber, perdeu num jogo de cartas.
"Nanny McPhee" é um projeto pessoal de Emma Thompson. Além de atuar, escreveu o roteiro dos dois filmes e foi produtora deste. O filme tem um tom ingênuo, com sequências cômicas manjadas, mas que acabam funcionando graças ao talento do elenco.
"Nanny McPhee e as Lições Mágicas" é um conto de fadas moralista e sentimental, que não tem vergonha de parecer antiquado. Não traz nada de novo e surpreendente, mas tem lá seu charme.