São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2008

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Crítica/"Romulus, Meu Pai"

Ciranda de emoções de longa perde poesia com tratamento burocrático

Divulgação
Franka Potente, Eric Bana e a criança Kodi Smit-McPhee em cena de "Romulus, Meu Pai"

SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

O alemão Raimond Gaita, 62, é um professor e escritor bem-sucedido, autor do best-seller "The Philosopher's Dog". Seu livro de memórias "Romulus, Meu Pai" sustenta que não iria a lugar nenhum sem o homem que cuidou dele e acreditou em seu futuro quando era criança.
A homenagem deu origem ao longa "Romulus, Meu Pai", com Eric Bana ("Munique", "A Outra") no papel-título, o de um imigrante alemão que se estabelece no interior da Austrália com a mulher (Franka Potente, de "Corra, Lola, Corra") e o filho (Kodi Smit-McPhee).
Em 1960, quando começa a história, Romulus e Rai (apelido do menino) precisam se virar sozinhos em uma pequena propriedade rural. A mãe aparece por lá de vez em quando; embora ela viva com outro homem e o marido saiba disso, o casal não consegue se separar.
A partir dessas coordenadas, as relações familiares vão se agravando nos anos seguintes.
Incapaz de responsabilizar a mãe pelo seu abandono, Rai cria laços especiais com o pai, que também sofre com o comportamento da mulher.
Uma coisa, no entanto, é a ciranda de emoções de que trata Raimond Gaita em suas memórias. Outra, bem diferente, é o tratamento quase burocrático e monocórdio que o ator Richard Roxburgh, em sua estréia na direção, dedica a elas.
Poesia, apenas no final -o que ajuda a melhorar a impressão do conjunto.


ROMULUS, MEU PAI
Produção:
Austrália, 2007
Direção: Richard Roxburgh
Com: Eric Bana, Franka Potente,
Onde: estréia amanhã no Unibanco Arteplex; classificação: 12 anos
Avaliação: regular


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