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São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2003

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Culinária internacional acompanha cardápio de filmes da 27ª Mostra de Cinema de São Paulo

Mais do que pipoca

Marlene Bergamo/Folha Imagem
Interior do restaurante português Antiquarius


DA REPORTAGEM LOCAL

Que tal conciliar o momento da 27ª Mostra BR de Cinema de São Paulo com São Paulo, a capital internacional da gastronomia? Se tiver sobrado espaço no estômago depois de todo aquele balde de pipoca no cinema, opções não faltam.
Para "acompanhar" as 11 produções francófonas em cartaz hoje, incluindo "Anjo da Guerra", de André Téchiné, "Seu Irmão", de Patrice Chéreau, e "Fuso Horário do Amor", de Daniéle Thompson, uma boa opção é o restaurante La Casserole, tradicional estabelecimento de culinária francesa no centro de São Paulo. Entre as especialidades da casa, está o gigot d'agneau (perna de carneiro).
Aproveitando o mote de "As Invasões Bárbaras", de Denys Arcand, o restaurante Acqua criou um prato homônimo de risoto com linguiça de javali. Como promete a casa, quem apresentar o canhoto de um filme da mostra terá desconto de 10% nesse prato. A culinária alemã, cuja terra natal aparece em nove filmes exibidos hoje no evento, entre eles "Jóias da Família", "Angústia" e "Schultze Gets the Blues", pode ser provada no restaurante e choperia Windhuk, em Moema e no Brooklin.
Os filmes mudos "O Primeiro Filho de Thomas Graal" e "Canção sobre a Flor Escarlate", do sueco Mauritz Stiller, caem bem com uma visita ao Svanen Scandinavian Food, por exemplo, um dos poucos locais da cidade onde se pode provar o gosto fiel dos pescados escandinavos. Entre os destaques da cozinha de Vera Jacobsen, 57, que morou 15 anos na Dinamarca, estão os arenques defumados, o salmão com molho de mostarda e a vodka sueca.
Se o cinema israelense desembarca na cidade com duas produções, "A Jornada de James para Jerusalém" e "Escravos do Senhor", o Berô oferece ao paulistano uma grande variedade de pratos preparados de acordo com os preceitos da tradição kosher -em que o abate de animais é fiscalizado por um rabino.
Para os fãs de comida -e da produção cinematográfica- japonesa, o dia pode inspirar um jantar no luxuoso Suntory ou uma passadinha rápida no Nakombi, onde o saquê fica por conta da casa para o público da Mostra. A sobremesa ou a entrada, essas pinçadas da programação de hoje do evento, inclui "O Funeral Yakuza", de Hideyuki Katsuki, e "História Escrita com Água", de Kiju Yoshida.
Brasileiros ("33", de Kiko Goiffman, "Viva Sapato!", de Luiz Carlos Lacerda, e "O Signo do Caos", de Rogério Sganzerla), americanos (entre eles o badalado "Elefante", de Gus van Sant) e portugueses ("Veredas" e "Silvestre", de João César Monteiro) também podem abrir o apetite dos cinéfilos. Tem a comidinha mineira da Dona Lucinha, o fast-food do America e o velho conhecido restaurante português Antiquarius.
Dentre os pratos do estabalecimento, Evaldo Aragão de Melo, 42, destaca o arroz de pato, a açorda (feita com pão dormido e frutos do mar) e a chanfana, à base de cordeiro cozido em vinho. Bom apetite!



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