da Reportagem Local

Para discutir o mau gosto que transforma "Ratinho Livre" e E.T. & Rodolfo em sucessos de audiência, a peça "Disk Ofensa Linha Vermelha" investiu num enredo que, se fosse realidade, teria lugar reservado na estética criada pela cultura de massas.
A peça conta a história de um casal de empresários que resolve sequestrar uma dessas mendigas loucas que xingam as pessoas na rua para fazê-lo por telefone. Nem precisa dizer que o serviço 0900 Disk Ofensa fica famoso.
A pré-estréia da peça, escrita por Pedro Vicente e Nilton Bicudo, poderá ser vista apenas hoje, às 20h, no ciclo "OQÉNOVO?", organizado pela Casa das Rosas e Secretaria de Estado da Cultura.
O debate que discutirá o que é novo no teatro ocorre antes da peça, às 18h, e conta com o dramaturgo e crítico de teatro Aimar Labaki, o ator e diretor Sérgio Mamberti, o crítico Sebastião Milaré e o dramaturgo Mário Bortoloto.
"O novo não é casual. A arte depende de um conjunto de fatores para se renovar, e esses fatores dependem, por sua vez, de novas visões de mundo", antecipa Milaré. Para ele, o momento atual é marcado pela reciclagem de formas e idéias sem avanços efetivos.
"Existe uma inquietação comum a todas as manifestações de arte, mas não se reverteu em nada revelador ainda. Precisamos encontrar novos sentidos", diz. Milaré aponta nomes como Enrique Diaz, Dionísio Neto e Antônio Araújo como jovens criadores que estão em boas trilhas.
"OQÉNOVO?" será transmitido ao vivo pela Internet (www.dialdata.com.br/casadasrosas) e faz parte da exposição "United Artists 4 - Primeira", em cartaz até o próximo dia 30.


Debate: OQÉNOVO? no Teatro Peça: Disk Ofensa Linha Vermelha Quando: hoje, 18h (debate) e 20h (peça) Onde: Casa das Rosas (av. Paulista, 37, tel. 251-5271) Quanto: entrada franca


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