São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2010

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Fotógrafos latinos exploram territórios no Itaú Cultural

Produção recente da região revê processos da arte conceitual em imagens e objetos

Divulgação
Série de imagens de Giselle Beiguelman, no Itaú Cultural

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Uma câmera atravessa o desenho. No deserto peruano, as linhas de Nazca são traços que formam figuras vistas de cima. Mas o vídeo de Luz María Bedoya percorre as linhas no horizonte, escondendo a forma e revelando só um percurso abstrato.
Junto do trajeto filmado, legendas escritas de alguns dos desenhos estão expostos no Itaú Cultural, que abre hoje um recorte da produção fotográfica latino-americana.
Na obra de Bedoya e de outros artistas, palavras dão estofo às tentativas de construção imagética, revisitando a tradição da arte conceitual.
Julian Higuerey Núñez também trabalha nessa esfera. Ele se autorretrata a um quilômetro de distância da objetiva segurando a mesma medida de fios que ligam seu corpo à máquina fotográfica.
Esse amontoado de fios está no espaço expositivo. Seu patinete, que aparece noutra série de imagens, também foi levado ao museu, como índices da realidade que transbordam do plano da foto.
Mais ou menos sofisticados, outros artistas na mostra tentam ilustrar nas obras mapas, roteiros e percursos.
São territórios destrinchados pela imagem, como o trajeto entre São Paulo e Rio no vídeo de Giselle Beiguelman, a rua Celso Garcia nas imagens de Lúcia Mindlin Loeb, ou a extensão de um muro no trabalho de Amilcar Packer.


HISTÓRIAS DE MAPAS, PIRATAS E TESOUROS
QUANDO abertura hoje, às 20h; ter. a sex., das 9h às 20h; sáb. e dom., das 11h às 20h; até 19/12)
ONDE Itaú Cultural (av. Paulista, 149, tel. 2168-1776)
QUANTO grátis




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