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MÚSICA
Em show, Zeca Pagodinho canta várias formas de amor
DA SUCURSAL DO RIO
Há 15 anos dirigindo os
shows de Zeca Pagodinho,
Tulio Feliciano sabe que o
amigo não é entusiasta de
propostas muito conceituais.
Cabe a ele, diretor, imaginar
divisões para o repertório.
Para o novo espetáculo, que
estréia amanhã no Credicard
Hall, ele usou como base o título do último CD, "Uma
Prova de Amor".
"São três grandes blocos,
em que Zeca canta o amor
nas suas mais diversas vertentes", resume Feliciano.
O show começa com o que
cantor e diretor vêem como
provas de amor ao Brasil:
"Deixa a Vida Me Levar" e
duas novas, "Eta Povo pra
Lutar" e "Se Eu Pedir pra Você Cantar". Amor e ex-amores são os temas dos dois
subgrupos que fecham o primeiro bloco, no qual entram
a faixa-título do CD recente e
sucessos como "Lama nas
Ruas" e "Faixa Amarela".
No segundo segmento, dedicado a crianças, mitos e velhas guardas, estão a nova
"Ogum", a sua versão para
"Esta Melodia" -dos sambas
mais cantados na quadra da
Portela e que já foi gravado
por Marisa Monte- e peças
recorrentes em seus shows,
como "Patota de Cosme".
Na reverência à malandragem que abre o bloco final,
Zeca canta "Maneiras",
"Normas da Casa", "Ratatuia" e ainda recupera "Talarico, Ladrão de Mulher", do
disco de 1992 do cantor.
"Essa é do tempo em que
Dondon jogava no Andaraí",
brinca Feliciano, que rasga
os conceitos deixando para o
final "Quando a Gira Girar",
"Coração em Desalinho" e
"Verdade". "Aí é um bônus.
São músicas que o povo pede
em qualquer show, que todos
querem cantar. Afinal, são
5.000 pessoas que vão ao
show cantar e dançar."
Zeca se diz feliz por incorporar quatro músicos de sopro à sua banda. Eles são parte da orquestra de metais que
o acompanhou na turnê do
último espetáculo, dedicado
a sambas de gafieira.
"Agora, com mais verba, dá
para contar com eles. Fica
mais bacana. O samba merece esse tratamento", diz Zeca, também satisfeito de iniciar a turnê por São Paulo. "O
público é sempre ótimo."
ZECA PAGODINHO
Quando: amanhã e sábado, às 22h
Onde: Credicard Hall (av. das Nações Unidas, 17.955, tel. 6846-6000)
Quanto: entre R$ 70 e R$ 150
Classificação: não indicado a menores de 18 anos
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