free-lance para a Folha

Pintor figurativo do início do século, Eliseu Visconti (1866-1944) é mais conhecido como o responsável pelo pano de boca e pelos afrescos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Entretando, foi um dos grandes da pintura a óleo brasileira, tendo boa parte de seu acervo guardado na Pinacoteca do Estado, em São Paulo.
Em 1892, Visconti foi estudar na França, de onde voltou propagando a técnica impressionista.
Foi na Escola de Belas Artes de Paris que ele fez os 25 desenhos, já com indícios do impressionismo, hoje expostos na galeria Mônica Filgueiras, no Jardim Paulista (zona sudoeste de São Paulo), com entrada franca.
É uma oportunidade para se perceber o desenvolvimento do trabalho do artista, considerado um dos primeiros modernistas brasileiros.
São nus com quase cem anos que pertenciam ao neto do pintor italiano (ele nasceu na comuna Giffoni Valle e Piana e foi trazido para o Brasil com menos de um ano de idade).
Apesar da importância histórica e artística de Visconti, sua obra encontra-se fora do circuito exibidor brasileiro, relegada que está a algumas retrospectivas de época e de escolas. São raras as individuais.

Selo
Além dos desenhos, na exposição é exibido um selo feito para um concurso dos Correios em comemoração ao centenário da Independência, que Visconti ganhou. Traz d. Pedro 1º e d. Pedro 2º, o regente Feijó, Benjamin Constant e o marechal Floriano Peixoto. (DCae)


Exposição: Eliseu Visconti
Onde: Galeria Mônica Filgueiras (r. Ministro Rocha Azevedo, 974, Jardim Paulista, zona sudoeste de São Paulo, tel. 282-5292)
Quando: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 11h às 13h. Até 16 de maio
Quanto: entrada franca


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