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ERUDITO
Regida por Luís Gustavo Petri, orquestra faz apresentação gratuita amanhã na parte externa do Auditório Ibirapuera
Osusp toca inteira 1ª sinfonia de Brahms
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Desta vez, não vai ter "picadinho musical". Em lugar do tradicional pot-pourri de obras curtas,
coloridas e conhecidas que as orquestras costumam programar
em apresentações deste gênero, a
Orquestra Sinfônica da USP toca,
amanhã, na platéia externa do
Auditório Ibirapuera, uma grande peça de concerto na íntegra: a
"Sinfonia nº 1" do alemão Johannes Brahms (1833-1897).
"Já fiz várias apresentações ao ar
livre e tive a sorte de nunca serem
coisas popularescas", diz o regente da apresentação, Luís Gustavo
Petri. "Sempre que posso, gosto
de executar as obras inteiras."
"Em eventos deste tipo, costuma estar presente um público não
habituado à música de concerto,
mas que acaba se surpreendendo
favoravelmente com ela", afirma
Luís Gustavo Petri. "No passado,
era mais complicado fazer grandes obras, por causa das condições técnicas, mas, de uns sete
anos para cá, a situação melhorou
bastante, e hoje o som amplificado evoluiu muito."
Para manter o interesse da platéia, Petri tem o hábito de falar sobre a obra nos intervalos entre
seus movimentos. "Uma imagem
extramusical pode ajudar a aproximar a peça de quem não está habituado a ouvir esse tipo de música", reflete. "De qualquer forma,
não tenho medo de fazer Brahms
ao ar livre, porque a primeira sinfonia é uma obra forte, que prende a atenção."
Carreira
Um dos principais compositores germânicos do século 19,
Brahms escreveu quatro sinfonias
-menos da metade do que as nove de Ludwig van Beethoven
(1770-1828). O peso do legado sinfônico beethoveniano oprimia, na
juventude, o autocrítico Brahms,
que só teve coragem de estrear
sua primeira sinfonia aos 43 anos
de idade, em 1876.
Foi depois do sucesso desta
obra -que alguns chamaram de
"Décima Sinfonia" de Beethoven,
tamanho seu débito para com o
mestre de Bonn- que Brahms se
sentiu mais confiante para deslanchar sua produção sinfônica
posterior.
Regente da Orquestra Sinfônica
Municipal de Santos desde 1995,
Petri costuma aparecer com regularidade como convidado à frente
de outras formações brasileiras,
tendo agendadas aparições no
Rio de Janeiro, com a Orquestra
Sinfônica do Teatro Municipal
(em maio) e a OSB (em junho).
No mês que vem, como pianista, ele toca em São Paulo com a
Bachiana Chamber Orchestra, de
João Carlos Martins.
Brahms no Parque
Com: Orquestra Sinfônica da
Universidade de São Paulo
Regência: Luís Gustavo Petri
Quando: amanhã, às 11h
Onde: platéia externa do Auditório
Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/
nº, portão 2, parque Ibirapuera)
Quanto: entrada franca
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