São Paulo, sábado, 22 de dezembro de 2007

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Artistas montam musical farsesco em tributo a irmão de José Celso

"Cypriano e Chan-ta-lan ou Folias e Sensações de 1973" é apresentado amanhã

VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Há 19 anos, os artistas do teatro Oficina fazem da data de 23 de dezembro rito para a vida em contraponto à morte do ator, diretor e autor Luis Antônio Martinez Corrêa, irmão de José Celso. Ele foi assassinato a facadas no apartamento do Rio, em 1987. Tinha 37 anos e acabara de encenar a segunda parte da premiada trilogia "Theatro Musical Brazileiro".
É exatamente um roteiro de musical pouco conhecido de Corrêa que ganha leitura "encenada e festejada" às 14h30 de amanhã, na pista do Oficina.
"Cypriano e Chan-ta-lan ou Folias e Sensações de 1973" é uma parceria de Corrêa com Analu Prestes. Trata-se de um "poema mágico trágico farsesco musical", afirma Zé Celso, 70, que viu o irmão encenar a obra antes de ser censurada.
No enredo, o príncipe Cypriano, "menino vampiro" herdeiro do trono da Golconda, busca seu amor, a camponesa Chan-ta-lan, que está desaparecida. É uma viagem apaixonada, à maneira do conto de fadas, com direito a passagens por florestas no país das maravilhas de Alice e pelos jardins suspensos da Babilônia.
Na trilha, interpretações de José Miguel Wisnik para Vivaldi ou de Celso Sim para um poema de Maiakóvski. Marcelo Drummond e Pascoal da Conceição co-dirigem a leitura.

Canudos
Na quarta-feira passada, Zé Celso entregou ao ministro Gilberto Gil (Cultura), em Brasília, o pedido de outorga de paisagem cultural às cidades de Quixeramobim (CE), berço de Antônio Conselheiro, e Canudos (BA), local da guerra no final do século 19. Euclydes da Cunha retratou o conflito em "Os Sertões", obra que a companhia Oficina Uzyna Uzona levou à cena, em cinco partes.
O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) acolheu o processo que deve reforçar a preservação dos territórios.


CYPRIANO E CHAN-TA-LAN OU FOLIAS E SENSAÇÕES DE 1973
Quando:
amanhã, às 14h30
Onde: teatro Oficina (r. Jaceguai, 520, tel. 3106-2818)
Quanto: R$ 5


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