São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 2011 |
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CRÍTICA DRAMA Denso, 'Jogo de Poder' é thriller acima da média de Hollywood
ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA "Jogo de Poder" é um caso raro em Hollywood: um thriller político que consegue ser denso e emocionante sem mostrar um tiro sequer. A violência, aqui, é o abuso de poder e a forma como ele é usado para arruinar a vida de pessoas comuns. O filme conta a história real do diplomata Joe Wilson (Sean Penn) e de sua mulher, Valerie Plame (Naomi Watts), que é uma agente secreta da CIA. Wilson é mandado pela agência ao Níger para tentar desvendar o boato de que uma grande quantidade de urânio teria sido vendida para o Iraque. Ele não acha nada e relata isso à agência. Algum tempo depois, Bush usa a tal "venda", que nunca existiu, como justificativa para a invasão do Iraque. Wilson, revoltado, abre o bico para a imprensa. Em retaliação, a Casa Branca começa uma campanha violenta contra o casal, destruindo Wilson na mídia e revelando ilegalmente que Valerie era agente da CIA, o que inclusive pôs em risco diversos outros agentes norte-americanos. O filme é dirigido por Doug Liman (de "A Identidade Bourne"), um talento acima da média do cinemão hollywoodiano. É uma produção modesta para os padrões atuais, com um visual de documentário e uma narrativa vertiginosa. O elenco também ajuda. Qualquer filme com Sean Penn e Naomi Watts merece ser visto. JOGO DE PODER DIREÇÃO Doug Liman PRODUÇÃO EUA, 2010 COM Naomi Watts, Sean Penn e Sonya Davison ONDE nos cines Cidade Jardim, Frei Caneca, Iguatemi e circuito CLASSIFICAÇÃO 12 anos AVALIAÇÃO bom Próximo Texto: Musical tenta captar carisma de Eva Perón Índice | Comunicar Erros |
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