São Paulo, segunda-feira, 23 de dezembro de 2002
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CINEMA Jonathan Lipnicki atua em "Pequenos Grandes Astros", em cartaz Basquete e cinema são paixões de ator mirim
ADRIANE GRAU FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES Participar de "Pequenos Grandes Astros" deu ao ator Jonathan Lipnicki, 12, duas grandes vantagens sobre seus colegas da quinta série que cursa numa escola pública em Los Angeles, Califórnia. "Joguei muita bola e ganhei um grande amigo", afirma ele. O amigo é o astro mirim Lil" Bow Wow, de 15 anos. Quando conversou com a Folha, Lipnicki estava contando as horas para reencontrar o colega. "Vamos nos ver em Nova York daqui a dois dias para divulgar mais o filme", diz, animado. No longa, Bow Wow é Calvin Cambridge, e Lipnicki é Murph. Os dois são órfãos e adoram jogar basquete. Moram num orfanato próximo ao conturbado centro de Los Angeles, não têm dinheiro para comprar bola ou tênis decentes e nos finais de semana são forçados a vender balas na porta do Staples Center, o ginásio de basquete da cidade. Mas dois golpes de sorte mudam o destino dos dois. Primeiro, o técnico dos Knights simpatiza com Cambridge e lhe dá entradas para o jogo. Depois, ele se apossa de um par de tênis doados ao orfanato que têm as iniciais "M.J." gravadas dentro. Cambridge acredita que os tênis pertenceram antes ao astro Michael Jordan e, enfeitiçado, começa a jogar basquete tão bem quanto seu herói. O minuto de fama que desencadeia a carreira do minijogador acontece quando seu ingresso é sorteado para descer até a quadra e bater bola com o jogador Tracey Reynolds (Morris Chestnut) durante o intervalo do jogo. Os tênis realmente se provam mágicos. Durante as filmagens de "Pequenos Grandes Astros", Lipnicki, que na vida real alcançou a fama como o garotinho que ganha o coração de Tom Cruise em "Jerry Maguire", descobriu que não é tão famoso assim. "Onde quer que fôssemos, os fãs perseguiam Bow Wow", conta ele, impressionado. "Porque ele tem fãs dos seus filmes e da sua música", explica Lipnicki sobre o amigo "mini-rapper". NBA Mas a única fama que o garoto confessa que gostaria de ter, além da de ator, seria mesmo a de jogador de basquete. Ele joga na liga mirim de basquete de Los Angeles e aparece para a entrevista vestido com o uniforme azul que usa na quadra. "O mais legal foi poder bater bola com jogadores da NBA [National Basketbol Association, a mais importante liga do esporte nos EUA] durante as filmagens", afirma o fã. Mas como é bem provável que ele nunca alcance altura suficiente para conquistar as quadras quando crescer o baixinho Lipnicki pretende continuar a carreira de ator. Com jeito de profissional ele ajusta os pesados óculos de aro preto que usou no filme e explica por que leva jeito para a profissão. "Você tem que ter muita força de vontade. Para cada papel que conseguir, vai escutar mil rejeições. Se você não gosta de ser rejeitado, é melhor desistir de ser ator", afirma. "Ainda por cima, quando você consegue um trabalho, às vezes é obrigado a fazer algo embaraçoso na frente dos outros. Nem sempre o papel é perfeito." Próximo Texto: Crítica: Divertida, comédia entretém as crianças Índice |
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