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Em cena de "Blade 2", Snipes (à dir.) vive seu momento "Matrix"

Imagine o cruzamento do Alien com o Conde Drácula. Bizarro? Mau gosto? Nada! Bem-vindo ao cinema do século 21. A fórmula é simples: a) graças às maravilhas da ciência moderna, alguém sofre uma recombinação genética em seu DNA; b) você já viu uma experiência dessas não acabar em desastre?; c) o desastre ou a aberração quer contaminar toda a cidade; d) mas seu objetivo é um só, destruir o responsável por ele, o desastre ou a aberração, ter-se transformado "naquilo".
O aquilo, em "Blade 2", segunda adaptação do caçador de vampiros da Marvel para os cinemas, são os Reapers, uma nova raça de supervampiros que infesta as ruas de Praga em busca de... sangue!
Triscando sua afiada espada -de prata, é claro- por corpos de vampiros comuns, aqueles a que ninguém dá mais tanta bola, o grandalhão Blade (Wesley Snipes) vai eliminando todos os Reapers que encontra pela frente, fácil, fácil, até se deparar com o verdadeiro problema: Nomak (Luke Goss), o primeiro da "espécie".
O resto dá para imaginar, não?
"Blade 2" é um filme para fãs de quadrinhos, RPGs, vampiros e afins. Boas sequências de ação (conceito relativo na era pós-"Matrix"), maquiagem perfeita e um roteirinho bem manjado.
"Ah, histórias em quadrinhos... Adorei o "Homem-Aranha'!" Então esqueça.
Ao contrário deste último, militrimeticamente estudado para agradar gregos e troianos, "Blade 2" deve incomodar quem não tiver muito estômago para a sua, digamos, "estética".
A atuação de Snipes é razoável. Fazendo o tipo durão e determinado, solta sempre algo como "tenho você na minha mira". Em luta, é meio lento, mas até que convence (haja computação!).
Por fim, vai a dica: se você viu o primeiro e gostou, vale a pena. Se não viu e não gosta "dessas coisas com muito sangue", fuja correndo, antes que o Sol apareça.

Blade 2 - O Caçador de Vampiros
Blade 2   
Direção: Guillermo del Toro
Produção: EUA, 2002
Com: Wesley Snipes, Kris Kristofferson
Quando: leia roteiro à pág. Especial 2