São Paulo, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004

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ELETRÔNICA

Prestigiado pelo público GLS, DJ americano, um dos melhores do mundo, apresenta-se pela primeira vez no Brasil

Calderone celebra diversidade sexual

Divulgação
O DJ americano Victor Calderone, que toca no Brasil


MARCIO PINHEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

DJ "queridinho" de Madonna, o americano Victor Calderone, que já remixou músicas de artistas como Sting, Ricky Martin e Garbage, toca hoje no Rio e nesta sexta-feira em São Paulo.
Prestigiado pelo público gay -a quem se refere como "comunidade musicalmente bem-educada"-, o DJ (que fez questão de dizer que é casado e tem um filho), só tocará em espaços GLS.
Calderone, indicado a melhor DJ no DanceStar USA 2004 (prêmio da música dance americana que acontece no próximo dia 9), já conquistou o primeiro lugar da parada de sucessos da Billboard.
 

Folha - De onde você tira suas inspirações e sua música?
Victor Calderone -
Tento pôr tudo que sou e tudo que sinto em minha música. Você pode ser um DJ ou produtor tecnicamente surpreendente, mas, sem pôr todas suas emoções e paixões na música, ela pode ficar vazia. Busco inspirações em outros DJs e na música tribal de todo o mundo. Comprar e escutar músicas são coisas importantes -toda semana compro e recebo muitas músicas.

Folha - Qual a diferença entre seu trabalho como DJ e produtor?
Calderone -
Acredito que os dois andam juntos. Quando toco, pego inspiração que vêm da multidão e da música, e isso se traduz nas músicas que produzo.

Folha - Qual é o futuro da música eletrônica?
Calderone -
A eletrônica tornou-se mais reconhecida mundialmente. Mas o que é mais especial na música eletrônica tribal é que ela mantém suas raízes subterrâneas. A música perde alguma coisa quando se torna demasiadamente comercial.

Folha - O que você pensa de ter um público gay tão fiel?
Calderone -
Não sei porque tenho tantos seguidores gays, um público tão devoto. Sou muito grato. A comunidade gay é muito bem educada musicalmente.

Folha - Você trabalhou com Madonna, Sting, Cindy Lauper e outras celebridades. Você se considera um artista pop?
Calderone -
Não me considero pop nem vejo a música eletrônica como pop.

Folha - Como foi seu primeiro contato com Madonna?
Calderone -
É incrível trabalhar com artistas como Madonna e Sting porque eles permitem que você trabalhe com liberdade para criar e, ao mesmo tempo, o inspiram ao desafio contínuo de superar seus próprios limites.

Folha - Quem é seu DJ favorito?
Calderone -
[o americano] Danny Tenaglia. Tenho uma conexão com ele até no estilo da música e admiro as escolhas que ele fez para sua carreira.

Folha - Que sons você tem ouvido recentemente e quais artistas te influenciaram?
Calderone -
Ouço muitas músicas novas de Dimas da D-formation e Stereo Productions. Já as influências são Kraftwerk, Georgio Moroder, Gino Soccio, Depeche Mode, [o CD] "Passion the Last Temptation of Christ", de Peter Gabriel.

Folha - Você é apontado como um dos melhores DJs do mundo. O que você pensa disso?
Calderone -
Realmente não penso sobre isso. Para mim, sou apenas um DJ que faz o que ama.


DJ VICTOR CALDERONE. Onde: Level Club (av. Marquês de São Vicente, 319, Barra Funda, SP, tel. 0/ xx/11/ 3392-4151). Quando: dia 27, a partir das 23h30. Quanto: R$ 35 (antecipado, até quinta) e R$ 50 (na hora). No Rio de Janeiro: Clube Cine Ideal (r. da Carioca, 62, Centro, tel. 0/ xx/21/2252-7766). Quando: hoje, a partir das 23h30. Quanto: R$ 70 a R$ 90.


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