São Paulo, domingo, 25 de junho de 2006

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Baristas desvendam o chocolate quente

Em meio ao inverno de SP, confira bons lugares para provar a bebida

A bebida quente de cacau deve ter uma textura rica e sabor intenso de chocolate; leite vaporizado oferece cremosidade necessária

JANAINA FIDALGO
DA REPORTAGEM LOCAL

Meio litro de chocolate quente com âmbar era a recomendação do advogado e gastrônomo francês Brillat-Savarin (1755 -1826) a todo homem que se sentisse temporariamente atormentado por uma idéia fixa. "As pessoas que consomem chocolate são as que gozam de saúde mais constante e as menos sujeitas a uma série de pequenos males que perturbam a felicidade da vida", escreveu no livro "A Fisiologia do Gosto" (Companhia das Letras).
Não é preciso âmbar nem um pensamento obsessivo para sucumbir ao chocolate quente -uma boa pedida para o inverno, que teve início nesta semana. A bebida quente de cacau dos maias e astecas tem hoje várias receitas, mas princípios universais, como o da cremosidade. "Um bom chocolate quente tem que ter uma textura rica, líquida, e um sabor intenso. O gosto de chocolate tem que predominar. É diferente do leite com chocolate do café da manhã", diz a chef Carole Crema, 33, da doceria La Vie en Douce, onde a bebida é feita com um blend de chocolate em pó nacional, chocolate amargo belga e pasta de gianduia (veja ao lado onde tomar a bebida).
Na Cafeera, o segredo da cremosidade é a vigorosa vaporização do leite. "Se ferver, o leite fica cheio de bolhinhas, mas quando vaporiza [na máquina de expresso], ele fica bem cremoso", explica Kelly Silva, 20, barista da rede de cafeterias.
"A dificuldade de fazer em casa é vaporizar o leite. O segredo é usar um fouet [batedor de fios de metal] para formar aquela espuma", diz João Alfredo, 60, sócio da Viandier Casa de Gastronomia.


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