|
Próximo Texto | Índice
Baristas desvendam o chocolate quente
Em meio ao inverno de SP, confira bons lugares para provar a bebida
A bebida quente de cacau deve ter uma textura rica e sabor intenso de chocolate; leite vaporizado oferece cremosidade necessária
JANAINA FIDALGO
DA REPORTAGEM LOCAL
Meio litro de chocolate quente com âmbar era a recomendação do advogado e gastrônomo
francês Brillat-Savarin (1755
-1826) a todo homem que se
sentisse temporariamente
atormentado por uma idéia fixa. "As pessoas que consomem
chocolate são as que gozam de
saúde mais constante e as menos sujeitas a uma série de pequenos males que perturbam a
felicidade da vida", escreveu no
livro "A Fisiologia do Gosto"
(Companhia das Letras).
Não é preciso âmbar nem um
pensamento obsessivo para sucumbir ao chocolate quente
-uma boa pedida para o inverno, que teve início nesta semana. A bebida quente de cacau
dos maias e astecas tem hoje
várias receitas, mas princípios
universais, como o da cremosidade. "Um bom chocolate
quente tem que ter uma textura rica, líquida, e um sabor intenso. O gosto de chocolate tem
que predominar. É diferente do
leite com chocolate do café da
manhã", diz a chef Carole Crema, 33, da doceria La Vie en
Douce, onde a bebida é feita
com um blend de chocolate em
pó nacional, chocolate amargo
belga e pasta de gianduia (veja
ao lado onde tomar a bebida).
Na Cafeera, o segredo da cremosidade é a vigorosa vaporização do leite. "Se ferver, o leite
fica cheio de bolhinhas, mas
quando vaporiza [na máquina
de expresso], ele fica bem cremoso", explica Kelly Silva, 20,
barista da rede de cafeterias.
"A dificuldade de fazer em
casa é vaporizar o leite. O segredo é usar um fouet [batedor de
fios de metal] para formar
aquela espuma", diz João Alfredo, 60, sócio da Viandier Casa
de Gastronomia.
Próximo Texto: Via Funchal recebe o funk de Marlboro Índice
|