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CRÍTICA COMÉDIA
Produção modesta apresenta narrativa previsível e estranha
"Moscou, Bélgica" transporta fórmula estabelecida
das comédias românticas para cenário suburbano
RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA
O sucesso de "Moscou,
Bélgica" (2008), modesta
produção belga bem recebida pela crítica e público em
várias partes do mundo, reside em sua mistura de previsibilidade e estranhamento.
O filme de Christophe van
Rompaey é previsível, porque segue as rotinas básicas
da comédia romântica estabelecidas por Hollywood;
porque permite ao espectador adiantar o que vai acontecer na última cena, ao ver a
primeira.
E é estranho, porque seus
protagonistas não falam inglês, não são profissionais
descolados, não moram em
casas que aparecem em revistas de decoração. São de
Moscou, bairro da classe trabalhadora na periferia de
Ghent, Bélgica.
Na abertura, Matty (Barbara Sarafian) bate no caminhão de Johhny (Jurgen Delnaet). Ela é uma funcionária
dos correios casmurra, com
41 anos, três filhos e recém-divorciada; ele é um caminhoneiro falastrão de 29,
com problemas de alcoolismo e ficha criminal cheia.
Como de hábito nesse gênero, eles se estranham, brigam, fazem as pazes, apaixonam-se. Se há algo que tira o
filme do senso comum é a
presença de Sarafian, que
transmite com total transparência a metamorfose provocada por uma paixão.
MOSCOU, BÉLGICA
DIREÇÃO Christophe van Rompaey
PRODUÇÃO Bélgica, 2008
COM Barbara Sarafian, Jurgen
Delnaet
ONDE Espaço Unibanco Augusta,
Cine Sabesp e circuito
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO regular
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