São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2010

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CRÍTICA COMÉDIA

Produção modesta apresenta narrativa previsível e estranha

"Moscou, Bélgica" transporta fórmula estabelecida das comédias românticas para cenário suburbano

RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA

O sucesso de "Moscou, Bélgica" (2008), modesta produção belga bem recebida pela crítica e público em várias partes do mundo, reside em sua mistura de previsibilidade e estranhamento.
O filme de Christophe van Rompaey é previsível, porque segue as rotinas básicas da comédia romântica estabelecidas por Hollywood; porque permite ao espectador adiantar o que vai acontecer na última cena, ao ver a primeira.
E é estranho, porque seus protagonistas não falam inglês, não são profissionais descolados, não moram em casas que aparecem em revistas de decoração. São de Moscou, bairro da classe trabalhadora na periferia de Ghent, Bélgica.
Na abertura, Matty (Barbara Sarafian) bate no caminhão de Johhny (Jurgen Delnaet). Ela é uma funcionária dos correios casmurra, com 41 anos, três filhos e recém-divorciada; ele é um caminhoneiro falastrão de 29, com problemas de alcoolismo e ficha criminal cheia.
Como de hábito nesse gênero, eles se estranham, brigam, fazem as pazes, apaixonam-se. Se há algo que tira o filme do senso comum é a presença de Sarafian, que transmite com total transparência a metamorfose provocada por uma paixão.


MOSCOU, BÉLGICA

DIREÇÃO Christophe van Rompaey
PRODUÇÃO Bélgica, 2008 COM Barbara Sarafian, Jurgen Delnaet
ONDE Espaço Unibanco Augusta, Cine Sabesp e circuito
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO regular



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