São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2011

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CRÍTICA DANÇA

"Tão Próximo" faz reflexão da intimidade de forma trivial

FLÁVIA COUTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Tão Próximo", da Quasar Cia. de Dança, vem com o intuito de expor o ambiente íntimo das relações humanas, com coreografia de Henrique Rodovalho, que esta à frente da companhia desde sua fundação, em 1988.
A intimidade, à primeira vista, demonstra-se nos elementos do entorno. No cenário, um tapete felpudo e branco. No figurino, poucas peças e roupas íntimas.
A movimentação oferece algumas pistas sobre o tipo de intimidade abordada. Os bailarinos se revezam nas cenas. Um conduz o outro ou o abandona no meio do caminho, diversas vezes.
No início, há uma disposição de luzes que separa o grupo em focos isolados. Parte dos corpos aparece solitária e logo desaparece -imagem que levanta a questão sobre o individual. No entanto, o íntimo da individualidade ensaia sua aparição, mas não é desenvolvido.
Em "Tão Próximo", as reflexões sobre intimidade, proximidade e suas motivações ficam fadadas a uma série de cenas que não saem do campo do senso comum.
O assunto é delineado em metáforas abrangentes, explorado sem uma nitidez que possa defini-lo, como, por exemplo, o íntimo da relação de um casal. O índice amoroso é mais um que flutua na temática, sem configurar seu contorno.
É evidente que o artista pode escolher não dar respostas objetivas dentro da questão levantada. Todavia, é necessário expandir a reflexão para um lugar menos trivial.
Por fim, "Tão Próximo" deixa enfatizado a sequência de movimentos articulados e virtuosos, a qual se tornou marca das coreografias de Rodovalho. Enquanto o íntimo fica pautado no cenário, figurino e iluminação.

TÃO PRÓXIMO

AVALIAÇÃO regular


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