Rebatizada e com novos sabores, raspadinha é opção para os dias quentes

DA REPORTAGEM LOCAL

Das simplórias raspadinhas que marcaram a infância de muita gente sobrou apenas o gelo, não mais raspado de grandes blocos de água congelada, e sim batido num "blender" -uma espécie de liquidificador superpotente. Frutas, chás e cafés substituíram aqueles xaropes que eram escolhidos mais pela cor do que pelo sabor.
Versões mais sofisticadas da antiga raspadinha (que sobrevive em alguns bairros) têm surgido em São Paulo com novos nomes, outros ingredientes, valores atualizados e a mesma promessa de refrescar.
No Nicecup Café, as bebidas de verão elaboradas em parceria com a barista Isabela Raposeiras têm o café como base e são chamadas de "slushs".
"O gelo fica bem cremoso. Vem daí o nome "slush". Parece uma neve pastosa", diz Marisol Vieitez, dona da casa.
Disponíveis em três sabores e montados em taças para serem degustados com colher, os "slushs" são feitos com uma espécie de raspadinha de café alternada com chantilly.
Em espirais que ultrapassam a borda do copo, as bebidas feitas com gelo triturado no Kebab Salonu podem ter base de chá ou café expresso (frozen sharbat) e de iogurte (frozen lassi, um termo indiano) -há também opções alcoólicas.
"O sharbat parece mais uma raspadinha, e o lassi, por levar iogurte, fica bem cremoso", diz Rodrigo Libbos, chef e sócio da casa. "A vantagem do frozen é que ele é mais leve que um milk-shake, não só em calorias mas também na consistência."
Na Starbucks, os "frappuccinos blended beverages" cumprem, ao lado dos "ice beverages", a tarefa de refrescar as gargantas no verão. Vêm nos tradicionais copos plásticos da rede e têm três composições básicas: chá, café e creme. "No verão, os frappuccinos representam 50% do total de vendas", diz Ricardo Carvalheira, diretor de operações da Starbucks Brasil. (JANAINA FIDALGO)


Texto Anterior: Samba-de-roda anima festa de Carnaval
Índice