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"La Traviata" ganha temporada no São Pedro
Ópera tem direção musical de Emiliano Patarra
JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL
"La Traviata", de Giuseppe
Verdi (1813-1901), é uma das
óperas mais belas e teatralmente mais bem concebidas do
repertório. E é, sobretudo, muito popular. Pois ela estréia
amanhã, no teatro São Pedro,
em temporada de seis récitas,
com direção musical de Emiliano Patarra.
São Paulo tem sorte. As duas
últimas produções dessa ópera
foram de fazer perder o fôlego.
Em agosto de 2001, trouxe o tenor italiano Renato Bruson.
Em novembro de 1996, o destaque foi a da soprano, também
italiana, Giusy Devinu.
Desta vez revezam-se nos
três papéis principais as sopranos Chiara Bonzagni e Taís
Bandeira, os barítonos Rodolfo
Giugliani e Sebastião Teixeira e
os tenores Mario Leonardi e
Miguel Geraldi.
Patarra, com sua Orquestra
Jovem de Guarulhos, participou no São Pedro, em 2006, de
"Elixir do Amor", de Donizetti,
e no ano passado, do mesmo
compositor, de uma "Lucia di
Lammermoor". Também fez
em 2007 duas comédias de
Rossini.
Produzido pela Associação
Paulista dos Amigos da Arte e
da Companhia Ópera São Paulo, é um espetáculo que só pode
dar certo. E que, como de hábito, dá ao paulistano, com patrocínio do governo do Estado,
uma nova alternativa para produções líricas, além das montadas pelo Teatro Municipal.
"La Traviata" (a transviada),
com libreto de Francesco Maria Piave, é uma adaptação de
um dos best-sellers do século
19, o romance "A Dama das Camélias", de Alexandre Dumas
Filho. A ópera estreou em 1853,
no La Fenice, de Veneza.
A história se passa em Paris
por volta de 1850. O jovem Alfredo Germont se apaixona pela cortesã Violetta Valéry. Os
dois passam a viver juntos numa casa de campo, mas o pai
dele, Giorgio, tem com ela no
segundo ato uma conversa a
sós, em que expõe o seguinte
dilema: a irmã de Alfredo está
noiva, mas a família do rapaz
não permitirá o casamento se a
cortesã fizer parte da família.
Violetta, sem que Alfredo saiba qual a sua verdadeira motivação, termina o relacionamento e volta para sua vida chiquemente devassa. Alfredo
chega a destratá-la durante
uma recepção. Mas eis que a
Dama das Camélias está tuberculosa. Arruinada, vai morrer.
Claro que ela morre, como
toda a heroína que se preste no
romantismo. Mas morre nos
braços de Alfredo, que a procura em companhia do pai para
pedir-lhe perdão.
LA TRAVIATA
Onde: teatro São Pedro (r. Barra Funda, 171, tel. 3667-0499)
Quando: amanhã, 1º e 3/4, às
20h30; dias 29, 30/3 e 5/4, às 17h
Quanto: de R$ 10 a R$ 20
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