São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2008

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"La Traviata" ganha temporada no São Pedro

Ópera tem direção musical de Emiliano Patarra

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

"La Traviata", de Giuseppe Verdi (1813-1901), é uma das óperas mais belas e teatralmente mais bem concebidas do repertório. E é, sobretudo, muito popular. Pois ela estréia amanhã, no teatro São Pedro, em temporada de seis récitas, com direção musical de Emiliano Patarra.
São Paulo tem sorte. As duas últimas produções dessa ópera foram de fazer perder o fôlego.
Em agosto de 2001, trouxe o tenor italiano Renato Bruson. Em novembro de 1996, o destaque foi a da soprano, também italiana, Giusy Devinu.
Desta vez revezam-se nos três papéis principais as sopranos Chiara Bonzagni e Taís Bandeira, os barítonos Rodolfo Giugliani e Sebastião Teixeira e os tenores Mario Leonardi e Miguel Geraldi.
Patarra, com sua Orquestra Jovem de Guarulhos, participou no São Pedro, em 2006, de "Elixir do Amor", de Donizetti, e no ano passado, do mesmo compositor, de uma "Lucia di Lammermoor". Também fez em 2007 duas comédias de Rossini.
Produzido pela Associação Paulista dos Amigos da Arte e da Companhia Ópera São Paulo, é um espetáculo que só pode dar certo. E que, como de hábito, dá ao paulistano, com patrocínio do governo do Estado, uma nova alternativa para produções líricas, além das montadas pelo Teatro Municipal. "La Traviata" (a transviada), com libreto de Francesco Maria Piave, é uma adaptação de um dos best-sellers do século 19, o romance "A Dama das Camélias", de Alexandre Dumas Filho. A ópera estreou em 1853, no La Fenice, de Veneza.
A história se passa em Paris por volta de 1850. O jovem Alfredo Germont se apaixona pela cortesã Violetta Valéry. Os dois passam a viver juntos numa casa de campo, mas o pai dele, Giorgio, tem com ela no segundo ato uma conversa a sós, em que expõe o seguinte dilema: a irmã de Alfredo está noiva, mas a família do rapaz não permitirá o casamento se a cortesã fizer parte da família.
Violetta, sem que Alfredo saiba qual a sua verdadeira motivação, termina o relacionamento e volta para sua vida chiquemente devassa. Alfredo chega a destratá-la durante uma recepção. Mas eis que a Dama das Camélias está tuberculosa. Arruinada, vai morrer.
Claro que ela morre, como toda a heroína que se preste no romantismo. Mas morre nos braços de Alfredo, que a procura em companhia do pai para pedir-lhe perdão.


LA TRAVIATA
Onde:
teatro São Pedro (r. Barra Funda, 171, tel. 3667-0499)
Quando: amanhã, 1º e 3/4, às 20h30; dias 29, 30/3 e 5/4, às 17h
Quanto: de R$ 10 a R$ 20


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