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DEBATE
Evento gratuito acontecerá no Sesc Pompéia
"A Violência" é tema da série "Diálogos Impertinentes"
A série "Diálogos
Impertinentes"
apresenta hoje, às
21h, o debate "A
Violência", no auditório do Sesc
Pompéia (r. Clélia, 93, Pompéia,
São Paulo).
Participam da discussão Edson
Passetti, professor livre-docente
em ciência política pela PUC-SP, e
a antropóloga Alba Zaluar, livre-docente pela Unicamp e professora titular de antropologia da Uerj.
A mediação será de Mario Sergio
Cortella, professor do Departamento de Teologia da PUC-SP, e
do jornalista Bernardo Ajzenberg,
ombudsman da Folha.
O programa, produzido pela
TV PUC, é transmitido pela STV
-°Rede Sesc/Senac de Televisão,
pelos canais 3 da Net São Paulo e
da Sky, pelo canal 211 da DirecTV
e pelo canal 62 da Cambras.
A série "Diálogos Impertinentes" é promovida pela Folha, pela
Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo e pelo Sesc (Serviço
Social do Comércio).
A última edição, realizada em 31
de março, teve como tema "O Fanatismo" e contou com a participação do professor de sociologia
da USP Reginaldo Prandi e do
professor de história da Unicamp
Jaime Pinsky, mediados por Mario Sergio Cortella e Paulo Farah,
jornalista da Folha.
Ao abrir a discussão falando sobre a diferença entre apego radical a um conjunto de idéias ou pura ignorância, Pinsky alertou para
a conveniência com que se usam
termos como "ferrenho" ou "fanático", no caso dos clubes de futebol. "Frequentemente digo que
eu "radicalizo" as minhas posições
e que os outros é que são "ignorantes'", disse. "Sempre que se
usa a palavra "fanático", há um peso pejorativo", completou Prandi.
"Quando se analisam outros povos, nem sempre aquilo que se
chama de fanático, de fato, poderia ser chamado assim."
Citando o nazismo alemão como exemplo, Pinsky apontou ainda o paradoxo entre a noção de irracionalidade daqueles que agem
de forma fanática e a racionalidade daqueles que incutem o fanatismo nos primeiros. "O fanatismo tem essa dialética: uns são objetos dos outros, os fanáticos são
objetos dos racionais."
Diante da pergunta de um participante, o historiador comentou
sobre um fanatismo presente nos
EUA: "A luta de bem contra mal é
uma caracterítisca muito forte da
cultura americana, dos faroestes
aos rambos. Essa idéia maniqueísta é manipulada politicamente de acordo com o tempo".
Mais informações podem ser
obtidas pelo tel. 3224-3473, a partir das 14h.
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