São Paulo, Terça-feira, 11 de Maio de 1999
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Proálcool ganha "nova chance"

da Reportagem Local

Uso de álcool no óleo diesel e venda do combustível ao governo, por meio de leilões, além da extensão da frota de carro movido a álcool (oficial, táxi e locadoras, essa última ainda em estudo).
Essas medidas fazem parte de uma série que está sendo traçada mais uma vez para ressuscitar o Proálcool (Programa Nacional do Álcool), criado em 1975, como alternativa de combustível em decorrência da crise do petróleo.
São providências que também prometem reequilibrar o excedente de álcool no mercado, para, com isso, tentar frear a queda de preços.
Há ainda iniciativas privadas, como a criação de uma empresa, a Brasil Álcool, que terá um mecanismo de autogestão dos produtores para a venda do combustível no mercado e evitar que se crie novamente estoques excedentes.
"Todo esse cenário está levando o setor a um ajuste", afirma Caio Carvalho, superintendente da Unica (União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo).
Segundo Carvalho, a crise do setor sucroalcooleiro envolve dois aspectos simultâneos: excedente de cana, consequentemente de álcool e açúcar, e queda de consumo.
O setor assistiu à redução brusca de seu faturamento, diz. Na safra 94/95, após a criação do Plano Real, tinha movimentado US$ 4,15 bilhões, ou US$ 27,85/t por cana moída. Na passada, caiu para US$ 3,84 bilhões, ou US$ 19,23/t por cana moída, segundo a Unica.


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