da Agência Folha

Levantamento realizado pela Ceplac revela que, nos últimos anos, a vassoura-de-bruxa impediu que 850 mil t de cacau fossem colhidas na Bahia.
O prejuízo é de US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 2,3 bilhões) aos fazendeiros e à economia da região.
A doença também provocou uma grande redução na média de arrobas de cacau colhidas por ha no Estado.
Antes da vassoura-de-bruxa, os fazendeiros da região colhiam, em média, 55 arrobas/ha.
Atualmente, a colheita não chega a 20 arrobas/ha, segundo dados da Ceplac.
Além da vassoura-de-bruxa, os produtores de cacau do sul da Bahia também conviveram com cinco anos de estiagem durante a década de 80.
Dados divulgados pela CNPC (Central Nacional dos Produtores de Cacau) revelam que pelo menos 12 mil produtores estão descapitalizados e têm débitos com bancos ou com exportadores e industriais.
O valor das dívidas atinge US$ 250 milhões (cerca de R$ 480 milhões).
"Os clones e as mudas resistentes à vassoura-de-bruxa são a salvação para os produtores de cacau do sul da Bahia", afirma Palácios.
Segundo ele, cerca de 20 mil produtores e trabalhadores rurais da região já foram treinados nas técnicas de enxerto pelos técnicos da Ceplac.
Outros oito núcleos em Camacã (530 km ao sul de Salvador) também já estão trabalhando com a técnica do cacau clonado.
O produtor recebe o financiamento em função da densidade da área que vai plantar.


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