|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mídia ainda é vista com desconfiança
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Associação
Brasileira de Marketing Rural
(ABMR), Luiz Carlos Lazarini, vê
com desconfianças a viabilidade
dos negócios do setor agrícola pela Internet.
"Há possibilidade de crescimento, mas não acredito que tome uma grande parcela do mercado", afirma.
Para ele, negócios envolvendo
grandes quantias em dinheiro,
como a comercialização de grãos
entre produtores e empresas, têm
mais chances de crescimento na
nova mídia.
"O produtor não vai comprar
um fertilizante da mesma maneira que um colegial compra um livro pela Internet. Os sites que eu
vi até agora não levam isso em
consideração", diz.
O acesso dos produtores rurais
ao computador, ainda pequeno, é
outro problema, segundo ele.
Estima-se que apenas 4% das
propriedades rurais brasileiras tenham computadores conectados
à Internet.
Na opinião dos empresários dos
sites brasileiros, no entanto, há
um grande mercado potencial no
Brasil.
Segundo André Salies, do Portal
do Campo, em 2003 o país deverá
ter aproximadamente 30% de
suas propriedades rurais conectadas à Internet.
"E, devido à concentração de
renda que há no país, esses produtores vão deter a maior parte
dos negócios", afirma.
De acordo com ele, os 30% mais
ricos entre os agricultores detêm
80% dos negócios do agrobusiness no Brasil.
Estimativas à parte, na opinião
do editor e webmaster Claudio
Cunha, do site AgroBrasil, o que
ocorre nesse mercado já é uma revolução.
"Existem hoje mais de dez sites
no Brasil com o propósito de comercializar produtos agrícolas.
Há 90 dias, não havia nenhum. E
os serviços vão se aprimorar."
Nos próximos meses, além de
uma guerra publicitária entre os
sites, o mercado brasileiro deve
ser palco de novos investimentos,
inclusive estrangeiros, na área.
O investidor George Soros, por
exemplo, adquiriu na Argentina o
site FyO.com e deve ampliar seus
negócios para o Brasil, a exemplo
do que já ocorreu com o Agrosite
e o Megaagro.
EUA
Nos EUA, onde o "e-commerce" está consolidado, cerca de
30% das propriedades rurais têm
acesso à Internet, segundo relatório do Usda (Departamento da
Agricultura dos Estados Unidos).
Ainda conforme o relatório,
24% das fazendas norte-americanas utilizam o computador no gerenciamento do negócio agrícola.
O acesso por parte dos produtores que não têm computador é facilitado por meio de associações,
escolas e universidades.
Para 2001, o Usda prevê que
52% das fazendas estarão conectadas. Em 2003, o número saltará
para 70% da propriedades.
(FEM)
Texto Anterior: Agrobusiness - Informática: Internet disputa os negócios da fazenda Próximo Texto: Panorâmica: Produção de mamona deverá crescer 439% Índice
|