da Reportagem Local

A receita cambial com as exportações brasileiras de café verde deve fechar este ano em US$ 2,2 bilhões, o que representa uma queda de 6% em relação à passada, que atingiu US$ 2,3 bilhões.
Com base na previsão, elaborada por exportadores, o preço médio da saca previsto para este ano é de US$ 118,90, valor 16% menor que o pago no ano passado, US$ 141,10, em média.
De acordo com previsão da Febec (Federação Brasileira dos Exportadores de Café), o volume de café pode ser maior com o embarque de 18,5 milhões de sacas, ou seja, um aumento de 12,4%, se comparado com o da temporada anterior, de 16,548 milhões de sacas.
A desvalorização do real fez com que os preços do café no mercado internacional sofressem retração. O Brasil é atualmente responsável por 25% da oferta de café no mercado internacional, o maior índice desta década, disputado por outros 52 países exportadores.
O principal indicador do comportamento de preços do café no mercado internacional é a Bolsa de Nova York. Na segunda semana de janeiro, o café estava sendo cotado a US$ 1,17 por libra-peso (455 gramas). Já na semana passada, a Bolsa registrou um valor médio de US$ 0,98 por libra-peso.
Além da desvalorização do real, o Brasil teve condições de colocar maior quantidade do produto lá fora, pois a safra passada atingiu 34,5 milhões de sacas.
As exportações do mês passado, por exemplo, foram 180% maiores que as de março de 98, incrementadas principalmente pela mudança cambial.
A próxima safra, que vai de julho deste ano a junho do ano que vem, foi estimada pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em 23,5 milhões de sacas de 60 kg, considerada baixa.
Caso seja confirmada, deverá alterar o quadro de grandes embarques no segundo semestre.
Por ser uma cultura bianual, o café registra safras grandes intercaladas por pequenas.


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