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Victor Oliva investe na Ilha Verde
da Reportagem Local
Contrariando o refluxo atual do
mercado de cavalos de raça, o ex-empresário da noite paulistana,
José Victor Oliva, está investindo
US$ 200 mil na sua criação de puro-sangue lusitano em Araçoiaba
da Serra, interior de São Paulo.
Ele está trazendo éguas de Portugal, berço da raça, construindo
novas baias em seu haras e um picadeiro com capacidade para 200
pessoas assistirem provas e performances do cavalo lusitano.
""Eu não crio cavalo só por lazer.
Acompanhando o dia-a-dia da
criação, consegui, com apenas
seis anos de trabalho, um pequeno lucro em 98 e também o reconhecimento nas pistas de julgamento, como aconteceu este mês
na exposição de São João da Boa
Vista (SP)."
Oliva ganhou os dois principais
títulos da 11ª Exposição Interestadual de São da Boa Vista. Foi melhor criador e melhor expositor.
""A mostra não é nacional, mas é
uma das mais importantes no
contexto regional, pois reúne selecionadores de muito prestígio",
afirma ele.
A performance em pista dos cavalos de Oliva permitiu que a sua
coudelaria Ilha Verde somasse
164 pontos no item criador e 269
pontos no item expositor.
""Foi grande a satisfação. Eu
acreditava que poderia conseguir
esses resultados somente depois
de 12 anos criando", diz Oliva.
Assíduo frequentador da rota
São Paulo/Lisboa, sempre atrás
do cavalo português, Oliva trouxe
há três anos o garanhão Venturoso, o qual, segundo ele, acelerou a
qualidade do seu plantel.
""Venturoso é o cavalo que mais
teve filhos premiados em Portugal. Isso comprova o seu nível."
Foi um filho de Venturoso, Ravel V.O., que levantou a medalha
de ouro em São João da Boa Vista
ao vencer o campeonato potro de
um ano de idade.
Outro filho de Venturoso, Jardineiro, sagrou-se campeão dos
campeões na exposição do puro-sangue lusitano realizada em 1997
em Lisboa.
Venturoso tem 20 anos de idade. Sua cobertura está valendo
hoje R$ 2.500 na Ilha Verde.
É lá que Oliva e sua mulher Hortência criam um plantel total de
70 animais, sendo 20 matrizes.
Segundo ele, sua coudelaria foi a
primeira a conseguir um patrocínio exclusivo de uma empresa, a
Guabi. ""Ela considerou profissional o nosso trabalho e garante a
alimentação e o manejo dos cavalos", diz ele.
Oliva, reconhece, no entanto,
que as coisas não vão bem neste
ano. Ele transferiu o seu leilão,
que seria realizado em outubro
próximo, para abril do ano que
vem, devido aos parcos investimentos de outros criadores de cavalos de raça.
Também não espera fechar os
doze meses de 99 com lucro.
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