São Paulo, Terça-feira, 20 de Julho de 1999
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Victor Oliva investe na Ilha Verde

da Reportagem Local

Contrariando o refluxo atual do mercado de cavalos de raça, o ex-empresário da noite paulistana, José Victor Oliva, está investindo US$ 200 mil na sua criação de puro-sangue lusitano em Araçoiaba da Serra, interior de São Paulo.
Ele está trazendo éguas de Portugal, berço da raça, construindo novas baias em seu haras e um picadeiro com capacidade para 200 pessoas assistirem provas e performances do cavalo lusitano.
""Eu não crio cavalo só por lazer. Acompanhando o dia-a-dia da criação, consegui, com apenas seis anos de trabalho, um pequeno lucro em 98 e também o reconhecimento nas pistas de julgamento, como aconteceu este mês na exposição de São João da Boa Vista (SP)."
Oliva ganhou os dois principais títulos da 11ª Exposição Interestadual de São da Boa Vista. Foi melhor criador e melhor expositor.
""A mostra não é nacional, mas é uma das mais importantes no contexto regional, pois reúne selecionadores de muito prestígio", afirma ele.
A performance em pista dos cavalos de Oliva permitiu que a sua coudelaria Ilha Verde somasse 164 pontos no item criador e 269 pontos no item expositor.
""Foi grande a satisfação. Eu acreditava que poderia conseguir esses resultados somente depois de 12 anos criando", diz Oliva.
Assíduo frequentador da rota São Paulo/Lisboa, sempre atrás do cavalo português, Oliva trouxe há três anos o garanhão Venturoso, o qual, segundo ele, acelerou a qualidade do seu plantel.
""Venturoso é o cavalo que mais teve filhos premiados em Portugal. Isso comprova o seu nível."
Foi um filho de Venturoso, Ravel V.O., que levantou a medalha de ouro em São João da Boa Vista ao vencer o campeonato potro de um ano de idade.
Outro filho de Venturoso, Jardineiro, sagrou-se campeão dos campeões na exposição do puro-sangue lusitano realizada em 1997 em Lisboa.
Venturoso tem 20 anos de idade. Sua cobertura está valendo hoje R$ 2.500 na Ilha Verde.
É lá que Oliva e sua mulher Hortência criam um plantel total de 70 animais, sendo 20 matrizes.
Segundo ele, sua coudelaria foi a primeira a conseguir um patrocínio exclusivo de uma empresa, a Guabi. ""Ela considerou profissional o nosso trabalho e garante a alimentação e o manejo dos cavalos", diz ele.
Oliva, reconhece, no entanto, que as coisas não vão bem neste ano. Ele transferiu o seu leilão, que seria realizado em outubro próximo, para abril do ano que vem, devido aos parcos investimentos de outros criadores de cavalos de raça.
Também não espera fechar os doze meses de 99 com lucro.


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