São Paulo, quarta, 22 de janeiro de 1997.

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Reforma do parque da Água Branca gera polêmica

MARCELO NEGROMONTE
da Reportagem Local

A transferência das sedes das associações agropecuárias instaladas no parque da Água Branca, em São Paulo, está causando polêmica entre as entidades.
A Secretaria da Agricultura de São Paulo pretende ocupar o espaço destinado às entidades com centros históricos sobre a agropecuária paulista.
Os representantes das associações e os leiloeiros se reuniram na semana passada e criaram uma comissão de trabalho para avaliar a situação.
O veredicto da comissão, formada por sete membros, deve sair ainda hoje. As associações pretendem tomar uma decisão conjunta.
A Folha apurou que as associações devem entrar com uma ação cível contra o governo do Estado de São Paulo, que exigiu a desocupação das atuais sedes.
A mudança faz parte do projeto de remodelação do parque da Água Branca, planejado pela Secretaria de Agricultura.
As associações serão transferidas para salas modulares de 40 m2, localizadas no espaço hoje destinado às cocheiras dos animais.
A maioria das entidades tem sedes com mais de 100 m2 de área construída.
O prazo dado pela secretaria para que as associações decidam se irão ou não se instalar nas futuras sedes é 14 de fevereiro.
"A medida não é justa", afirma o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo da Raça Mangalarga, Célio Ashcar.
Na semana passada, 11 entidades receberam ordem para desocupar suas sedes em 30 dias. Segundo a Secretaria da Agricultura, essas entidades estão inadimplentes com o parque.
Para Ashcar, as mudanças ocorridas no parque, como a instalação de brinquedos infantis, são desnecessárias. "As crianças não precisam de parque de diversão. Já existem muitos na cidade. A criança da cidade gosta de ver boi, cavalo, ter contato com os animais.''

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