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Reforma do parque da Água Branca gera polêmica
MARCELO NEGROMONTE
da Reportagem Local
A transferência das sedes das associações agropecuárias instaladas
no parque da Água Branca, em São
Paulo, está causando polêmica entre as entidades.
A Secretaria da Agricultura de
São Paulo pretende ocupar o espaço destinado às entidades com
centros históricos sobre a agropecuária paulista.
Os representantes das associações e os leiloeiros se reuniram na
semana passada e criaram uma comissão de trabalho para avaliar a
situação.
O veredicto da comissão, formada por sete membros, deve sair
ainda hoje. As associações pretendem tomar uma decisão conjunta.
A Folha apurou que as associações devem entrar com uma ação
cível contra o governo do Estado
de São Paulo, que exigiu a desocupação das atuais sedes.
A mudança faz parte do projeto
de remodelação do parque da
Água Branca, planejado pela Secretaria de Agricultura.
As associações serão transferidas
para salas modulares de 40 m2, localizadas no espaço hoje destinado
às cocheiras dos animais.
A maioria das entidades tem sedes com mais de 100 m2 de área
construída.
O prazo dado pela secretaria para
que as associações decidam se irão
ou não se instalar nas futuras sedes
é 14 de fevereiro.
"A medida não é justa", afirma
o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo da
Raça Mangalarga, Célio Ashcar.
Na semana passada, 11 entidades
receberam ordem para desocupar
suas sedes em 30 dias. Segundo a
Secretaria da Agricultura, essas
entidades estão inadimplentes
com o parque.
Para Ashcar, as mudanças ocorridas no parque, como a instalação
de brinquedos infantis, são desnecessárias. "As crianças não precisam de parque de diversão. Já existem muitos na cidade. A criança da
cidade gosta de ver boi, cavalo, ter
contato com os animais.''
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