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POLUIÇÃO
Emissão de gás metano na pecuária brasileira é de 8 milhões de t/ano
Arroto do boi contribui para efeito estufa
free-lance para a Folha
O arroto do boi é uma das maiores fontes de emissão de gás metano, que contribui para o efeito estufa.
Essa é a conclusão de estudo realizado pela Embrapa (Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em parceria com o Ministério
da Ciência e Tecnologia.
Segundo a pesquisa, 93% do gás
metano produzido na agricultura
do país provém da pecuária.
O processo de formação do gás
ocorre durante a digestão dos alimentos pelos animais ruminantes.
Há no estômago deles bactérias
responsáveis pela decomposição
de materiais orgânicos.
O gás metano, expelido pela boca do animal, é um dos subprodutos desse processo, diz a pesquisadora de Embrapa Magda Lima.
Segundo o coordenador de pesquisas em mudanças globais do
Ministério da Ciência e Tecnologia, José Domingos Gonzalez Miguez, cada animal gera anualmente cerca de 50 kg de gás metano.
Se forem levadas em conta as 160
milhões de cabeças de gado que
compõem o rebanho brasileiro, a
pecuária nacional chega a emitir
aproximadamente 8 milhões de t
do gás por ano.
As emissões mundiais de metano, segundo a Embrapa, chegam a
530 milhões de t por ano.
O gás metano permanece durante 14 anos na atmosfera e contribui
25 vezes mais para o efeito estufa
do que gases como o dióxido de
carbono, proveniente da queima
de combustíveis fósseis.
Miguez explica que o efeito estufa é resultado da retenção de raios
infravermelho na atmosfera. Essa
radiação vem do sol e é refletida
pela superfície terrestre.
A atuação de gases como o metano e o dióxido de carbono impede
o retorno da radiação ao espaço.
A retenção dos raios infravermelho contribui para o aumento da
temperatura do planeta.
(FEM)
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