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Pacote argentino preocupa
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A Argentina novamente pode
oferecer preocupação ao produtor de trigo nacional. Segundo
Vera Zardo, do Deral, as medidas
de incentivo à exportação do país
vizinho podem afetar a competitividade do produto brasileiro.
Em 1996, a Argentina respondia
por 64% das importações brasileiras do grão, participação que atingiu 95,8% no ano passado.
O país vizinho, parceiro do
Mercosul, possui vantagens comparativas na triticultura, segundo
Otmar Hubner, técnico do Deral.
Entre elas, o técnico aponta os
solos planos de alta fertilidade, o
lençol freático superficial, que
permite manter certa umidade
mesmo em períodos de estiagem,
e a baixa umidade relativa do ar,
que torna mínima a proliferação
de doenças fúngicas.
"Tudo isso, além da curta distância entre as zonas produtoras e
os portos, permite a produção de
grãos de qualidade, a custo menor", diz Hubner.
A desvalorização da moeda brasileira ante o dólar, atingindo recordes nas últimas semanas, acena para uma melhor competitividade do produto nacional em relação ao argentino.
No entanto o novo regime de
câmbio anunciado recentemente
pelo ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, pode
anular essa vantagem.
Outra intenção do ministro argentino é discutir a TEC (Tarifa
Externa Comum) entre os países-membros do Mercosul. A princípio, os produtos em debate, como
caminhões e máquinas, são provenientes das indústrias.
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