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Unesp quer rastrear qualidade da carne
da Reportagem Local
A Unesp (Universidade Estadual Paulista), que desenvolveu o
projeto para a introdução do novilho superprecoce no Brasil, está
dando mais um passo à frente e
criando um selo de qualidade para a carne desse tipo de animal,
que é abatido com apenas 12 meses de idade.
""O consumidor está cada vez
mais exigente. Ele quer ter garantias sobre a origem e o manejo do
superprecoce e saber qual é o órgão público que avalia a sua qualidade", afirma o professor Antonio Carlos Silveira, professor de
Nutrição Animal da Unesp.
O projeto da Unesp espera somente o financiamento da Fapesp
(Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo) para ser
colocado em prática, segundo Silveira.
""A idéia é a de nossos técnicos
acompanharem no campo todas
as etapas de produção do superprecoce. Depois, eles avaliam as
características nutricionais e sanitárias da carne vermelha desossada e embalada", diz o professor.
Segundo ele, a Unesp pretende
oferecer novas tecnologias para
os interessados em iniciar o trabalho com o superprecoce. ""Vamos,
por exemplo, manter um laboratório aqui na escola", afirma ele,
que adianta que o projeto terá
atuação em todo o país, e não somente em São Paulo.
Estão previstos também estudos nas áreas de reprodução, nutrição e crescimento do animal.
Eles serão todos efetuados no
campus da Unesp.
Verduras e frutas
O professor Silveira afirma que
alguns supermercados, caso dos
da rede Carrefour, já fazem o chamado rastreamento no campo.
""Os técnicos vão à lavoura, escolhem a semente, acompanham
o manejo e o transporte da fruta.
Somente antes de ir para a gôndola, ela recebe o selo de qualidade."
No caso da carne, mesmo a do
superprecoce, às vezes pode ser
misturada nos frigoríficos antes
de alcançar o varejo. Além disso,
diz Silveira, o consumidor ficará
sabendo se a carne provém de
macho ou fêmea, a maciez do
produto e também o seu nível de
colesterol.
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