São Paulo, Terça-feira, 27 de Julho de 1999
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Unesp quer rastrear qualidade da carne

da Reportagem Local

A Unesp (Universidade Estadual Paulista), que desenvolveu o projeto para a introdução do novilho superprecoce no Brasil, está dando mais um passo à frente e criando um selo de qualidade para a carne desse tipo de animal, que é abatido com apenas 12 meses de idade.
""O consumidor está cada vez mais exigente. Ele quer ter garantias sobre a origem e o manejo do superprecoce e saber qual é o órgão público que avalia a sua qualidade", afirma o professor Antonio Carlos Silveira, professor de Nutrição Animal da Unesp.
O projeto da Unesp espera somente o financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para ser colocado em prática, segundo Silveira.
""A idéia é a de nossos técnicos acompanharem no campo todas as etapas de produção do superprecoce. Depois, eles avaliam as características nutricionais e sanitárias da carne vermelha desossada e embalada", diz o professor.
Segundo ele, a Unesp pretende oferecer novas tecnologias para os interessados em iniciar o trabalho com o superprecoce. ""Vamos, por exemplo, manter um laboratório aqui na escola", afirma ele, que adianta que o projeto terá atuação em todo o país, e não somente em São Paulo.
Estão previstos também estudos nas áreas de reprodução, nutrição e crescimento do animal. Eles serão todos efetuados no campus da Unesp.

Verduras e frutas
O professor Silveira afirma que alguns supermercados, caso dos da rede Carrefour, já fazem o chamado rastreamento no campo.
""Os técnicos vão à lavoura, escolhem a semente, acompanham o manejo e o transporte da fruta. Somente antes de ir para a gôndola, ela recebe o selo de qualidade."
No caso da carne, mesmo a do superprecoce, às vezes pode ser misturada nos frigoríficos antes de alcançar o varejo. Além disso, diz Silveira, o consumidor ficará sabendo se a carne provém de macho ou fêmea, a maciez do produto e também o seu nível de colesterol.


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