São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 2000

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LEILÕES & CRIAÇÃO
PECUÁRIA
A oferta de 1.543 animais de sangue europeu, como angus, e indiano, como nelore, levou 500 fazendeiros a MG
Chalet comandou venda de R$ 2 milhões

DA REPORTAGEM LOCAL

Tudo indica que, igual a 99, os animais de sangue angus deverão novamente liderar a comercialização neste ano.
No 1º Leilão Nacional de Touros, realizado na semana passada, em Uberlândia, Minas Gerais, foram vendidos 163 machos das raças red angus, brangus, simental, charolês e limousin por R$ 336,5 mil (média de R$ 2.248). Foram ainda ofertados 209 nelore por R$ 423,6 mil (R$ 2.026).
Além do leilão de touros, foi promovido o 2º Dep Positivo, no qual foram comercializadas 1.171 fêmeas nelore registradas por R$ 1,315 milhão.
No total, os dois leilões faturaram R$ 2,075 milhões.
O destaque de preços foram 33 tourinhos da raça red angus. Eles saíram à média de R$ 2.778.
""Não deu nenhum trabalho vender esses tourinhos, já que a demanda pela raça cresce a cada ano", afirma Luiz Eduardo Batalha, proprietário da Chalet Agropecuária, promotora do leilão que durou dois dias.
Todos os reprodutores da oferta são frutos de um projeto de seleção conduzido pelo Centro de Comercialização de Touros, uma parceria entre a Chalet, a Lagoa da Serra e a Tortuga.
Foi um tourinho nelore, no entanto, o recordista de preço em Uberlândia. Apresentado pela Agropecuária CFM, o animal foi negociado por R$ 11,2 mil para um criador de Mato Grosso.

Confinamento
Todos os touros vendidos nasceram entre 1º de setembro e 30 de novembro do ano passado.
Eles permaneceram em confinamento durante 140 dias. ""Passaram por um rígido processo de avaliação, que inclui ganho de peso, precocidade sexual e conformação", diz Batalha.
Segundo ele, a proposta do centro é multiplicar a oferta de touros jovens de qualidade.
Batalha afirma que o trabalho do centro está inaugurando uma nova etapa na pecuária brasileira.
""Havia duas formas de vendas de machos na pecuária de corte: bezerros desmamados ou touros prontos para a monta com cerca de 2,5 anos de idade. O que estamos fazendo é colocar animais entre 12 e 15 meses de idade no mercado com uma espécie de registro de identidade, com índices avaliados oficialmente."
Luiz Eduardo Batalha lembra que esse tipo de trabalho é praticado em países de pecuária mais desenvolvida, como Estados Unidos e Austrália.



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