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Crianças trabalham na colheita
do enviado especial
Para fechar a parceria com
a associação de pequenos
produtores de açaí de São
Miguel do Pracuúba, a Muaná Alimentos fez um levantamento entre os agricultores para saber se os seus filhos estavam estudando.
De acordo com Georges
Schnyder Júnior, diretor da
Muaná Alimentos, nenhuma criança dos 27 produtores associados está fora da
escola. "Manter a criança estudando é indispensável para dar continuidade à parceria do açaí", diz o diretor. Segundo ele, na área do projeto
não há trabalho infantil.
Mas na Ilha de Marajó é
comum os filhos de produtores da população ribeirinha ajudar os pais na pesca e
na colheita de açaí, entre outras tarefas consideradas por
eles familiares.
O Estatuto da Criança e do
Adolescente diz que o adolescente só pode trabalhar a
partir dos 16 anos com carteira assinada, desde que
não seja um trabalho que coloque em risco sua integridade física e o seu seu desenvolvimento. A partir dos 14,
só é permitido o trabalho na
condição de aprendiz.
Segundo Socorro Mendo,
promotora de Justiça, coordenadora do Centro de
Apoio Operacional da Infância e da Juventude do Ministério Público do Pará, o
uso de mão-de-obra infantil
e juvenil é comum na colheita de palmito e açaí, pois
muitas famílias vivem do alimento. "Não basta punir. O
importante é um trabalho de
conscientização. É difícil fiscalizar devido às proporções
continentais do Estado", diz.
No ano passado, depois de
um trabalho conjunto com
outros órgãos do governo e
ONGs, foram distribuídas
200 bolsas temporárias do
Plano de Erradicação do
Trabalho Infantil, programa
federal, com R$ 25 por criança tirada da colheita de açaí e
palmito no município de
Anajás, perto de Muaná.
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