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De ex-peemedebista a aglutinador tucano
Fruet desfez apoio do PSDB ao PT; ex-aliado de Requião, ele teve atuação controvertida na CPI do Proer
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
Em menos de quatro anos, o
advogado Gustavo Fruet, 43,
deixou a condição de afilhado
político do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB),
para se transformar no fiador
da unidade do PSDB, que caminhava dividido para a disputa
pela presidência da Câmara.
Até o final de 2003, Fruet era
pré-candidato a prefeito de Curitiba pelo PMDB de Requião,
apontado como o futuro sucessor do controverso governador
-aliado do presidente Lula.
Ao se lançar na disputa com
as bênçãos de Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Aécio
Neves e Geraldo Alckmin, evitou que o partido apoiasse o petista Arlindo Chinaglia.
A candidatura, tida como
"zebra", nasceu da "terceira
via", patrocinada inicialmente
por parlamentares de oposição
a Lula e engajados na "moralização" da Casa, como dizem.
Filho do prefeito de Curitiba
e deputado federal por três
mandatos Maurício Fruet,
morto em 1998, exatos 22 dias
antes da eleição daquele ano,
Gustavo, então vereador da capital, ocupou a vaga e o espaço
político deixado pelo pai. Foi
eleito naquele ano para seu primeiro mandato em Brasília.
O deputado, solteiro, é o único dos três filhos de Maurício
Fruet que seguiu o caminho do
pai. Com a morte do pai, Fruet
se aproximou ainda mais de
Requião, amigo da família.
Em 2003, no entanto,os dois
romperam durante a escolha
do candidato a prefeito de Curitiba. Fruet queria a legenda,
mas Requião preferiu entregar
o partido para o PT de Lula.
Fruet apoiou Beto Richa
(PSDB), que acabaria eleito
prefeito. Por intermédio do senador Álvaro Dias, do deputado
Luiz Carlos Haully e de Richa,
Fruet se filiou ao PSDB em fevereiro de 2005 e acabou sendo
peça-chave na atuação do partido no escândalo do mensalão.
Antes de assumir uma das
sub-relatorias da CPI dos Correios, cargo que o projetou nacionalmente, Fruet, ainda no
PMDB, foi presidente da CPI
do Proer, o programa de FHC
que ajudou os bancos.
O deputado presidiu uma
CPI esvaziada e que produziu
uma "pizza" ao optar pelo relatório "construtivo" do tucano
Alberto Goldman (SP). "O
Fruet agiu de maneira tranqüila, mas o controle do PSDB e do
governo era muito grande", diz
o deputado Ivan Valente
(PSOL-SP).
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