São Paulo, quinta-feira, 01 de fevereiro de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Supermega

"Depois de longa e acirrada disputa", noticia a Globo, sai hoje o presidente da Câmara. "No fim do prazo, três blocos parlamentares foram formados", um deles "o superbloco" ou "blocão" de PT e PMDB. Na manchete da Record, "os partidos se unem em apenas três blocos para ter mais poder na Câmara".
A coisa, é claro, vai além da Câmara. Na manchete da Folha Online, ao longo do dia, "Megabloco garante a Lula maioria absoluta para aprovar projetos". Ele vem se somar ao "bloquinho", também governista, para ultrapassar de uma vez a "maioria qualificada" -e aproximar Lula, quem sabe, de Néstor Kirchner, Hugo Chávez e seus superpoderes reeleitorais.

renatoguedes.net/ Reprodução
É DO BRASIL
Nos sites de "Washington Post" e outros, a Reuters dá que "artistas brasileiros trazem super-heróis à vida", caso do Homem-Aranha desenhado por Roger Cruz desde seu "pequeno apartamento em SP". A "onda" nos EUA de apelar aos brasileiros inclui Marcelo Campos, Octavio Cariello -e Renato Guedes, que hoje desenha o Super-Homem.

CLUBE DE UM
Abrindo a reportagem do "Wall Street Journal" sobre a decisão da Standard & Poor's de elevar a nota da Índia a "grau de investimento", a exemplo de Rússia e China hoje, o que "deixou o titã latino-americano num clube de um", isolado entre os quatro grandes emergentes:
- Os déficits governamentais crônicos, o crescimento econômico lento e um clima pouco amistoso para os negócios não estão somente adiando o sonho do Brasil de conseguir o status de grau de investimento. Estão também fazendo com que o país fique para trás dos seus colegas de mercado emergente, os chamados Brics.

BRILHO E MEDO
A derrota da brasileira CSN para a indiana Tata, na disputa pela Corus, serviu de metáfora noticiosa da ultrapassagem do Brasil pela Índia. No dizer do "WSJ", "marca a chegada à maturidade dos maiores grupos da Índia".
"Mas", avisa logo o jornal, a aquisição já dispara temores entre analistas e investidores -que derrubaram a cotação em 10%, segundo a BBC. No título do mesmo "WSJ", "temor por débito retira o brilho da vitória da Tata".

"NERVOS DE AÇO"
O "Financial Times" foi bem mais animado, com manchete e relatos quase épicos, como no texto "Batalha de oito horas exigiu nervos de aço", trocadilho com o setor das empresas. Foi tudo "dramático", em "oito rounds", com "jogos psicológicos" etc.

NÃO DESISTE NUNCA
Exilada nas agências, a CSN surgiu na Dow Jones, no site do "WSJ", argumentando que "decidiu não exceder o limite de débito" que se deu, daí a derrota -e a alta nas cotações da empresa, em contraste com a queda da Tata.
Por outro lado, na Reuters, a notícia era que a "CSN continua comprometida com internacionalização", segundo o presidente, Benjamin Steinbruch -que se diz preparado para "as melhores oportunidades" que vão surgir.

OUTRAS BATALHAS
E não deve parar por aí mesmo o avanço das empresas nacionais pelo mundo. O "FT" adianta reportagem de Peter Marsh, dizendo que a Coteminas, do vice de Lula, José Alencar, vai "levar a batalha dos têxteis à China", abrindo fábricas por lá.

Cultura/YouTube/Reprodução
COMÉDIA?
O texto "+ lido" na Folha Online foi "Kassab faz piada com cratera do metrô". Era o link para cenas de um programa que flagrou o prefeito de SP rindo ao falar do "motel ao lado do acidente do metrô que, quando veio o estrondo, imagina a zoeira que foi, todos saindo". Segundo ele, foi uma "comédia".

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@ - Nelson de Sá


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