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SAIBA MAIS
CPI indiciou Gratz por suposto elo com crime organizado
O relatório final da CPI do
Narcotráfico (99-2000), da Câmara dos Deputados, indiciou
mais de 800 pessoas. Entre elas,
José Carlos Gratz (PFL-ES), então presidente da Assembléia
capixaba, que foi acusado de
envolvimento com o jogo do
bicho e o crime organizado.
A comissão concluiu que, no
Espírito Santo, bingos eram
usados para lavagem de dinheiro do narcotráfico e sonegação fiscal -e que eles eram
diretamente ligados ao bicho.
Um dos sócios dos bingos,
embora não aparecesse no registro das empresas, seria
Gratz. Em depoimento à CPI,
ele negou as acusações e disse
que sua vida era "mais clara do
que as águas do Caribe". O ex-deputado afirma que o relatório final da CPI é "um pedaço de papel higiênico usado".
Investigações da Procuradoria da República e dos deputados federais apontaram a ligação dos bingos com o narcotráfico, mais especificamente com
o cartel de Cali, organização
criminosa da Colômbia.
Franklin Campozana, sócio
de um bingo, explicou, em ofício encaminhado em 97 à Corregedoria da Polícia Civil, como agia a máfia dos bingos no
Estado: "Fui obrigado a aceitar
na sociedade o deputado Gratz,
na condição de representante
do grupo que já explorava tradicionalmente o jogo em Vitória, integrado por policiais, políticos e bicheiros".
Em 2000, a quebra do sigilo
bancário de Gratz, pela CPI, revelou que ele fazia depósitos regulares de quantias que chegaram a R$ 90 mil em contas de
pelo menos nove deputados estaduais -incluindo um integrante da CPI estadual que investigava o narcotráfico. Gratz
afirmou que não via problema
nos depósitos.(DA REDAÇÃO)
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