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MEMÓRIA
Estouro de bolha em 2000 levou a recessão mundial
DA REPORTAGEM LOCAL
Na segunda metade da década de 90, houve a formação de
uma bolha (valorização excessiva dos preços de ativos sem
base em fundamentos) nos
mercados de ações norte-americanos, principalmente no setor de tecnologia.
Os preços dos papéis das empresas eram inflados por fluxos
gigantes de investimento, sustentados, em larga medida, pelo endividamento crescente de
cidadãos e empresas americanos. Os ganhos de produtividade acumulados nos anos 90 e o
boom de empresas de tecnologia, muitas ligadas à internet,
levaram a estimativas exageradas sobre as perspectivas reais
de lucros das companhias.
Ainda em 1996, o próprio
presidente do Federal Reserve
(o banco central dos EUA),
Alan Greenspan, chamou o fenômeno de alta das Bolsas de
"exuberância irracional".
Greenspan, no entanto, é criticado por não ter combatido
prontamente a bolha com um
aperto na política monetária.
Ele argumenta que não podia
agir sem ter certeza de que se
tratava, de fato, de uma bolha.
Insustentável, a bolha começou a estourar ainda no primeiro semestre de 2000, logo depois de ter atingido seu pico em
março daquele ano. Os efeitos
da gigante perda de patrimônio
dos investidores foi uma das
principais causas da recessão
vivida pelos EUA em 2001.
Atualmente, no cenário de taxas de juros muito baixas nos
EUA, analistas falam novamente da existência de uma
bolha tanto no mercado de
ações como no de imóveis. Especialistas temem os efeitos de
um possível estouro dessas novas bolhas caso o Fed comece a
elevar as taxas de juros no país.
O principal motivo da apreensão é o crescente endividamento das famílias no país.
Em outras palavras, se os preços das ações despencarem, as
perdas de investidores serão
novamente enormes, o que
tende a provocar efeitos negativos sobre o desempenho da
economia, como no passado.
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