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TERCEIRO SETOR
Controladora de TVEs no RJ e MA tenta dinamizar estrutura
Primeira OS, fundação agora
quer competir no mercado
LUIS HENRIQUE AMARAL
enviado especial ao Rio
Primeiro órgão do governo federal a se tornar uma organização
social, a Fundação Roquette Pinto, que controla as TVEs (TVs
educativas) do Rio e do Maranhão, quer agora se modernizar e
tentar competir no mercado.
A direção da nova entidade acredita que os instrumentos para
contratar profissionais experientes e para dar agilidade à compra
de equipamentos foram dados pela extinção da fundação e o surgimento, em 1º de janeiro deste ano,
da Associação de Comunicação
Educativa Roquette Pinto.
Pelo contrato entre o governo e a
associação, ela poderá usar todos
os funcionários, equipamentos e
imóveis da antiga fundação, mantendo seu caráter educativo.
Com a mudança, a associação
poderá vender espaço publicitário
e contratar funcionários sem concurso público, pelo regime de CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho). Também não precisará mais
obedecer à Lei de Licitações e poderá tirar de seus quadros funcionários públicos ineficientes.
Com a transformação em organização social, a associação passa
a ter caráter de empresa privada,
mas sem fins lucrativos. "Ela poderá obter recursos junto à iniciativa privada e contratar bons profissionais no mercado", diz Jorge
Guilherme Marcello Pontes, o primeiro presidente da associação.
Ou seja, a nova empresa não precisará mais contratar funcionários
por concurso público. Passou
também a ter liberdade para pagar
salários de mercado, fugindo ao
esquema estratificado da carreira
do funcionalismo público.
Pelo contrato entre a associação
e o governo, a empresa só poderá
veicular anúncios institucionais,
mas não de produtos específicos.
Em 97, a fundação tinha 2.470
funcionários, sendo 1.850 públicos
e 620 prestadores de serviços. Hoje, são 1.993, com 1.538 públicos e
455 contratados pela CLT.
Pelo novo acordo, vai mudar
também o repasse de dinheiro do
governo. Até dezembro de 1999,
ela deverá custear 40% de seus
gastos. Este ano e no que vem o
governo vai repassar R$ 33,5 milhões.
Câncer
O INC (Instituto Nacional do
Câncer), órgão vinculado ao Ministério da Saúde e considerado
referência no tratamento e pesquisa da doença, deve se transformar
em organização social ainda no
primeiro semestre de 98.
Ainda estão indefinidas as principais alterações que a instituição
vai sofrer. Os primeiros estudos
indicam que os doentes que puderem pagar vão fazê-lo. O atendimento via SUS será mantido.
O INC possui três hospitais com
capacidade total para 394 leitos
para internação e 14 para UTI
(Unidade de Terapia Intensiva).
No ano passado, os hospitais realizaram 200 mil consultas e 10,8 mil
cirurgias.
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