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Entenda o
movimento
militar de 64
da Redação
O Movimento Militar de 1964
visava depor o governo do presidente João Goulart (PTB), acusado de tentar implantar uma "república sindicalista" no país.
Goulart era o herdeiro político de
Getúlio Vargas (PTB).
As articulações desse tipo não
eram novidade. Em 1950, a UDN
já havia tentado impedir a posse
de Vargas. Em 1955, após a eleição
de Juscelino Kubitschek (PSD)
para presidente (tendo Goulart
como vice), surgiu um movimento para impedir a posse de JK, que
não se concretizou devido a um
contragolpe militar que assegurou a posse dos eleitos, em 1956.
Em seu governo, JK sufocou as
revoltas militares de Jacareacanga
(1956) e Aragarças (1959).
Em 1960, Goulart foi reeleito vice, agora de Jânio Quadros. Após
a renúncia de Jânio, em agosto de
1961, os ministros militares decidiram impedir sua posse. A reação do governador gaúcho Leonel
Brizola (PTB), com o apoio do 3º
Exército, forçou uma solução de
compromisso. Goulart tomou
posse, mas o regime se tornou
parlamentarista. Jango só recuperou seus poderes em 1963.
Jango passou a defender a reforma agrária, o que levou os partidos moderados (PSD, PSP) a
romper com o governo, favorecendo as articulações do general
Castello Branco. Na madrugada
de 31 de março, os generais Olympio Mourão Filho e Carlos Luís
Guedes marcharam em direção
ao Rio. Goulart decidiu não resistir e fugiu. No dia 1º de abril, o
movimento já era vitorioso.
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