São Paulo, sábado, 01 de abril de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Entenda o movimento militar de 64

da Redação


O Movimento Militar de 1964 visava depor o governo do presidente João Goulart (PTB), acusado de tentar implantar uma "república sindicalista" no país. Goulart era o herdeiro político de Getúlio Vargas (PTB).
As articulações desse tipo não eram novidade. Em 1950, a UDN já havia tentado impedir a posse de Vargas. Em 1955, após a eleição de Juscelino Kubitschek (PSD) para presidente (tendo Goulart como vice), surgiu um movimento para impedir a posse de JK, que não se concretizou devido a um contragolpe militar que assegurou a posse dos eleitos, em 1956.
Em seu governo, JK sufocou as revoltas militares de Jacareacanga (1956) e Aragarças (1959).
Em 1960, Goulart foi reeleito vice, agora de Jânio Quadros. Após a renúncia de Jânio, em agosto de 1961, os ministros militares decidiram impedir sua posse. A reação do governador gaúcho Leonel Brizola (PTB), com o apoio do 3º Exército, forçou uma solução de compromisso. Goulart tomou posse, mas o regime se tornou parlamentarista. Jango só recuperou seus poderes em 1963.
Jango passou a defender a reforma agrária, o que levou os partidos moderados (PSD, PSP) a romper com o governo, favorecendo as articulações do general Castello Branco. Na madrugada de 31 de março, os generais Olympio Mourão Filho e Carlos Luís Guedes marcharam em direção ao Rio. Goulart decidiu não resistir e fugiu. No dia 1º de abril, o movimento já era vitorioso.


Texto Anterior: O documento
Próximo Texto: Governo: FHC condiciona mínimo a crescimento
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.