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PFL paulista
avança no vácuo
do malufismo
DA REDAÇÃO
Criado a partir de uma
dissidência do PDS, o PFL
nasceu muito fraco em São
Paulo, onde o malufismo
permaneceu a principal força conservadora até 1998.
Restou ao PFL paulista o
papel de força auxiliar da direita, que ora apoiava o próprio Paulo Maluf, ora se aliava a um partido de centro,
mas não conseguia viabilizar
uma candidatura própria ao
governo. É sintomático que
o PFL nunca ajudou Maluf a
vencer (em 1986 e 1998), pois
não acrescentava votos ao
ex-governador, mas favoreceu seus adversários (Fleury
em 1990, Covas em 1994 e
Alckmin em 2002) ao dividir
o eleitorado conservador.
A tentativa de se desvencilhar do malufismo começou
em 1990 (com uma aliança
com o PMDB) e prosseguiu
em 1994 (quando o PFL
apoiou o PSDB), mas foi suspensa em 1998. A derrota de
Maluf consolidou a separação, e em 2000 o PFL disputou, pela primeira vez, a Prefeitura de São Paulo.
A carreira de Gilberto Kassab é exemplar: membro da
tropa de choque de Maluf na
Câmara e secretário de Celso
Pitta, em 2002 fechou aliança com o PSDB. Hoje o PFL
já superou o PP e disputa o
posto de terceira força do Estado: em 2002, a legenda elegeu um senador e só fez menos deputados federais que
o PT (25,7%) e o PSDB
(15,7%). E, em 2004, só ficou
atrás do PSDB e do PMDB
em número de prefeitos.
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