São Paulo, terça-feira, 01 de abril de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Não houve como se defender, diz mulher de líder

DA AGÊNCIA FOLHA, EM ORTIGUEIRA

A mulher do líder do MST Eli Dallemole, Liane Zelir Dallemole, 38, disse que seu marido não teve tempo de se defender. Ela afirmou que assistia à TV ao lado do marido, no sofá, quando ela viu dois homens encapuzados entrando na varanda da casa.
"Eles gritaram: "É um assalto". Meu marido foi levantar e recebeu o primeiro disparo. Ficou ali, estendido e sendo alvejado pelos dois."
Ela disse que, ao ver o primeiro encapuzado, pensou ser um vizinho. "É comum, no frio, o pessoal do assentamento, que tem moto, aparecer de capuz, mas eles vieram a pé."
Liane afirmou que um dos homens mirou a arma na direção dela, que correu para o quarto onde estava o filho Kennedy, 19. "Mas eles queriam só o Eli, ficaram atirando nele por um tempo que pareceu uma eternidade. Quando parou, gritei pelo meu filho, que estava com um amigo no outro quarto ouvindo música. Nisso, eles sumiram. Foi rápido."
Além de Kennedy, o casal tem outros dois filhos: Wagner, 15, e Matheus, 11.
A família vive no assentamento Libertação Camponesa, onde produzem milho, feijão e arroz. Liane está 19 anos no MST.


Texto Anterior: Líder de sem-terra é assassinado no Paraná
Próximo Texto: Janio de Freitas: De olhos nas sucessões
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.