DA REDAÇÃO

Os problemas de José Dirceu no governo Lula tiveram origem em 13 de fevereiro, quando veio à tona o caso Waldomiro, homem de sua confiança.
O então assessor da Casa Civil foi flagrado em gravação de 2002 pedindo propina e contribuição de campanha a um empresário de jogos. O caso foi a primeira crise política da gestão petista. À época, Waldomiro presidia a Loterj.
O relacionamento com o ministro, porém, vem de antes: os dois chegaram a dividir um mesmo apartamento em Brasília. O ex-assessor também o auxiliou na CPI de Collor (1992).
Waldomiro também foi acusado, quando já estava no governo, de interferir na renovação do contrato de gerência de loterias da multinacional GTech com a Caixa Econômica Federal, condicionando a renovação à contratação de Rogério Buratti -ex-secretário de Governo de Antonio Palocci Filho em Ribeirão Preto.
A resposta do governo Lula ao escândalo foi uma medida provisória proibindo bingos e caça-níqueis no país, além da demissão de Waldomiro, "a pedido". Sindicância interna foi aberta e comprovou que o ex-assessor praticou atos ilícitos já na gestão petista. Oposição e aliados pediram uma CPI, barrada pelo governo.


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