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VIOLAÇÃO DE SIGILO
Assessor de Thomaz Bastos depõe sobre caso do caseiro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal tomou
ontem o depoimento do advogado Cláudio Alencar, chefe-de-gabinete do ministro
da Justiça, Márcio Thomaz
Bastos, e do ex-secretário-executivo do Ministério da
Fazenda Murilo Portugal,
dando continuação à investigação da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro
Francenildo dos Santos.
Estava previsto ainda para
a noite de ontem também o
depoimento do secretário de
Direito Econômico, Daniel
Goldberg. É o segundo depoimento de Alencar e Goldberg na investigação relacionada ao caseiro.
Os assessores de Bastos foram ouvidos como testemunhas porque reuniram-se
duas vezes com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, apontado pela PF como o responsável pela ordem
para quebrar o sigilo.
Portugal foi chamado para
prestar esclarecimentos sobre uma notícia veiculada na
imprensa de que ele teria sido acionado por Palocci para
acessar os dados bancários
do caseiro no Coaf. Portugal
negou a informação.
Em seu primeiro depoimento, Alencar e Goldberg
disseram que Palocci os chamou para questioná-los sobre a possibilidade de a PF
passar a investigar Nildo,
pois haveria boatos de que o
caseiro teria movimentação
bancária atípica, com suspeita de lavagem de dinheiro. A
resposta foi negativa.
Os encontros aconteceram
em 17 de março, um dia depois que o sigilo do caseiro
foi quebrado de maneira ilegal dentro da Caixa Econômica Federal, onde ele mantém uma conta poupança.
Palocci foi indiciado por
suspeita de praticar os crimes de violação de sigilo funcional e também bancário,
cujas penas acumuladas podem chegar a até dez anos de
prisão. O ex-ministro pediu
demissão em 27 de março.
No dia seguinte, Murilo Portugal, que era o braço-direito
do petista, também entregou
o cargo.
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