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memória
Mortalidade entre índios é mais alta
DA REDAÇÃO
As precárias condições
de vida das populações indígenas no Brasil se expressam no contraste entre as taxas de mortalidade
infantil: 51,4 por mil nascidos vivos entre os índios,
30,1 por mil na média da
população e 22,9 por mil
entre os brancos (2000).
As reservas indígenas
sofrem com a falta de assistência estatal. Em 2005,
por exemplo, 27 crianças
indígenas morreram nas
aldeias de Mato Grosso do
Sul devido à desnutrição
-responsável por 12% das
mortes de crianças índias.
A exploração ilegal das
riquezas minerais nas terras indígenas só tem piorado esse quadro: os garimpos provocam aumento das doenças, da prostituição e do alcoolismo.
O dinheiro dos garimpos corrompe os indígenas
e às vezes provoca conflitos armados: em 1993, 16
índios morreram, segundo
a Polícia Federal, em confronto com garimpeiros
na reserva ianomami em
Roraima. Em 2004, os cintas-largas de Rondônia
mataram 29 garimpeiros
que extraíam diamantes
da reserva Roosevelt.
A Constituição de 1988
definiu, em seu artigo 231,
que a mineração em terras
indígenas pode ser efetuada, mas só "com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes
assegurada participação
nos resultados da lavra".
As tentativas de regulamentar o artigo começaram já em 1989, com um
projeto enviado pelo então
presidente José Sarney e
outro do então senador
Severo Gomes (que foi
aprovado no Senado, mas
arquivado na Câmara). Seguiram-se vários outros,
mas nenhum obteve consenso no Congresso.
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