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Dividido, PTB
oficializa
apoio ao PT
em São Paulo
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O PTB homologou ontem, em
convenção na sua sede em São
Paulo, o apoio à reeleição da prefeita Marta Suplicy (PT). Roberto
Jefferson, presidente petebista,
disse que isso faz parte da meta de
ampliar a união com os petistas
que já existe no âmbito federal.
Marta compareceu ao evento,
lembrou que os quatro vereadores do PTB já apóiam sua gestão
na Câmara Municipal e enumerou obras feitas na cidade. Para
Jefferson, "o governo de Marta é
honrado e limpo" e ela "tem coragem, não só no plano individual,
mas no coletivo". O deputado foi
o relator do projeto que reconhece a união civil entre homossexuais, apresentado pela prefeita
em 1995, como congressista.
O presidente do PTB chegou a
chorar ao falar das dificuldades na
política. A decisão da direção nacional do partido de apoiar Marta
e Jorge Bittar (PT) no Rio contrariou o líder do PTB na Assembléia
paulista, Campos Machado, e a filha de Jefferson, Cristiane Brasil,
secretária municipal da Terceira
Idade da gestão Cesar Maia (PFL).
Machado, aliado do governador
Geraldo Alckmin (PSDB), defendia uma candidatura própria. Já
Cristiane, presidente do diretório
municipal do PTB no Rio, era a favor do apoio à reeleição de Maia.
"Minha filha ficou desnorteada
[com o apoio a Bittar]", disse Jefferson. Segundo ele, ela já estava
com a estrutura pronta a favor de
Maia. "A partir do momento em
que somos coligados com o PT
em nível nacional, não podemos
nos coligar com o PFL no Rio."
As lágrimas também embalaram Jefferson ao se referir a Machado, que não foi à convenção.
"Foi a primeira voz a se levantar a
meu favor quando eu era candidato a presidente do partido", disse. "Infelizmente, tive de feri-lo
com a decisão [o apoio a Marta]."
A convenção escolheu 41 candidatos a vereador. Entre eles, está
Ricardo Garib, filho do deputado
estadual cassado Hanna Garib.
Pedido de votos
O secretário dos Transportes da
gestão Marta, Gerson Bittencourt,
pediu votos para ela num evento
da prefeitura no domingo, segundo veiculou ontem a rádio CBN.
A Folha teve acesso a trecho do
discurso atribuído ao secretário:
"O que a gente pede é mais uma
vez um voto de [sic] quem é capaz
de continuar os programas sociais, quem é capaz de mudar a
saúde, quem é capaz de garantir
os transportes, que chama Marta
Suplicy, porque esse é o compromisso que a prefeita assume com
vocês desde o primeiro dia de
mandato e que quer repactuar."
Segundo a CBN, a assessoria de
Bittencourt confirmou que ele foi
ao evento, em garagem municipal
no Bom Retiro e destinado a tratar do programa Renda Mínima.
À Folha, isso não foi confirmado.
Em nota, a prefeitura apenas reafirmou o respeito à lei eleitoral.
O TRE de São Paulo disse que o
secretário pode ser multado por
propaganda antecipada e incorrer
em improbidade administrativa.
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