São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2005

Próximo Texto | Índice

PAINEL


Circuito elétrico 1
A oposição vai apresentar na CPI dos Correios requerimento propondo investigar o esquema de desvio de dinheiro que, segundo Roberto Jefferson, funciona em Furnas. No mínimo, fará o governo arcar com o desgaste de barrar a apuração.

Circuito elétrico 2
Caso o governo obtenha sucesso na CPI, sob o argumento de que os Correios são seu objeto exclusivo, o assunto Furnas será levado à Corregedoria da Câmara e ao Conselho de Ética, novamente via Jefferson.

Laços de família
O deputado estadual Dimas Toledo Jr. (PP), filho do diretor afastado de Furnas Dimas Toledo, integra a base do tucano Aécio Neves na Assembléia de MG.

Brincadeirinha
Roberto Jefferson prestou depoimento à CPI tendo atrás de si uma mala vermelha. Levada pelo deputado, ela despertou curiosidade porque, nos últimos dias, especulou-se que ele poderia mostrar à comissão os famosos R$ 4 mi. Foi só um susto.

Limpando a área
A polícia impediu ontem que um grupo de integrantes da Juventude Trabalhista estendesse faixas de apoio a Roberto Jefferson na entrada do Senado.

Tragédia grega
O esforço para atrair a oposição à governabilidade já é comparado ao trabalho de Penélope. "O que o Palocci costura de dia, o Mercadante desfaz à noite", diz um senador sobre as ameaças do líder do governo de abrir CPIs contra a gestão anterior.

Sai quem tem bigode
O anunciado propósito de tirar os ministros que serão candidatos em 2006 pode criar saia-justa no fechamento da reforma. "E se o Humberto e o Olívio disserem ao presidente que não vão concorrer?", pergunta um auxiliar de Lula. O critério foi inventado exatamente para ejetá-los.

Discurso pronto 1
A chefia de gabinete de Luiz Gushiken enviou aos ministérios um roteiro de 28 perguntas e respostas sobre a Secom. Com Marcos Valério ardendo no noticiário, a idéia é frisar que a secretaria "não participa de todas as licitações" nem "coordena os processos de licitação das agências de publicidade do governo".

Discurso pronto 2
O kit enviado pela Secom inclui a reprodução de entrevista em que Gushiken condena a "tentativa de criminalizar a indústria da publicidade a partir de denúncias", advertindo que "seu enfraquecimento pode favorecer o lobby de empresas que defendem a adoção", no Brasil, "do sistema de birô de mídia".

Bicho-papão
No mercado publicitário, a referência de Gushiken ao birô de mídia foi entendida de uma única forma: como ameaça.

Visitas à Folha
Luiz Henrique da Silveira (PMDB), governador de Santa Catarina, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Derly Massaud de Anunciação, secretário da Comunicação, de Armando Hess de Souza, secretário do Planejamento, de Rodrigo Bornholdt (PMDB), vice-prefeito de Joinville, de Augusto Gayoso, diretor de Imprensa, e de Carlos Magno De Nardi, da Companhia de Notícias.
 

Paulo Skaf, presidente da Fiesp, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Paulo Francini, diretor-titular da entidade, e de Ricardo Viveiros, diretor-superintendente da Ricardo Viveiros Comunicação.
 

Dr. Adib Jatene, presidente do Conselho Deliberativo do Masp, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do dr. Julio Neves, presidente da diretoria do museu.
 

Sinval de Itacarambi Leão, diretor-presidente da revista Imprensa, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO

Do senador tucano Leonel Pavan (SC), comentando o aumento de verbas de publicidade oficial para as revistas do cunhado de Luiz Gushiken:
-Deve ser esse o "bom exemplo" que o ministro deseja transmitir na nova campanha publicitária do governo.

CONTRAPONTO

Conduzindo FHC

Na palestra que Fernando Henrique Cardoso fez aos deputados estaduais tucanos de São Paulo anteontem, Vaz de Lima comentou com o ex-presidente:
-Segundo meu motorista, o senhor fala pouco às rádios.
-Vou pensar nisso, porque motoristas são sábios-, disse FHC, emendando uma história ocorrida há uma semana no Rio.
Ao chegar à cidade, ele ouviu um convite informal para candidatar-se ao governo fluminense.
A proposta foi feita dentro do carro, enquanto o atento motorista que conduzia o ex-presidente, carioca de nascimento, mudava o trajeto, deixando para trás a bela vista da orla.
Em vez das praias, surgiram diante de Fernando Henrique as favelas e seus problemas. O contraste levou o tucano a refletir:
-Amo a cidade e o Estado do Rio, mas vou tentar permanecer no meu instituto-, disse ele aos deputados de São Paulo.


Próximo Texto: Lula afasta três diretores de Furnas após nova denúncia
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.