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Explicação de Jucá não satisfaz presidente de Comissão de Ética
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Comissão de
Ética Pública da Presidência da
República, Fernando Neves da
Silva, disse ontem que o órgão
ainda não está satisfeito com as
explicações do ministro Romero
Jucá (Previdência) sobre um possível conflito de interesses entre as
empresas de sua família e o cargo
que ocupa no governo federal.
"Pedimos mais esclarecimentos
porque não entendemos satisfatórios ou suficientes os prestados
até então", afirmou Neves.
Jucá, senador licenciado do
PMDB de Roraima, está sob investigação do STF (Supremo Tribunal Federal) por conta de supostos desvios de dinheiro público. Cogita-se a sua saída da Esplanada dos Ministérios numa reforma ministerial que deve ser anunciada nos próximos dias.
O presidente da comissão explica a importância das indagações a
Jucá. "Não estamos analisando o
que ele fez no passado. Estamos
analisando as informações que ele
está dando para dizer como ele
deve agir como ministro. São essas informações que ele está prestando sobre o patrimônio dele, da
família, para que gente possa avaliar quais são os interesses de um
lado e de outro."
Esclarecimentos
O ministro da Previdência já
apresentou três explicações. Numa delas, em maio passado, compareceu pessoalmente à reunião
da comissão. Disponível na página da comissão na internet, a ata
da reunião do início de junho relata a situação do ministro.
"As informações prestadas não
foram consideradas suficientes,
pelo que decidiram os presentes
reiterar a solicitação para que o
ministro informe todos os interesses, diretos e indiretos, seus e
de familiares, que possam suscitar
conflitos com o exercício da função pública, para que esclareça
atividades que, formal ou informalmente, direta ou indiretamente, desempenha junto às empresas de seus filhos, assim como
junto à Fundação Social e Cultural de Roraima", diz trecho da ata.
Criada em 1999, a Comissão de
Ética Pública do governo federal
não possui poder punitivo nem
apresenta prerrogativa de investigação, é formada por cinco integrantes nomeados pelo presidente da República e um secretário-executivo.
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